Se estiver com fome, o meu boneco costuma ser o primeiro a sentar-se à mesa, mal o jantar está pronto.
Depois o papá que vai arranjando a comida, tira as espinhas ao peixe ou corta a carne em pedaços pequenos para eles. Sempre foi assim, é algo natural que nunca se discutiu quem faria. E ainda bem que ele faz que eu não gosto nada.
Trago o resto do que falta para a mesa e começo a chamar a amorinha.
Quando tudo está pronto vou buscá-la pela mão e há sempre alguma coisa que ela precisa fazer antes de se sentar à mesa, seja por um DVD para ver, ir buscar um boneco, arrumar qualquer coisa, procurar um livro... e eu começo a irritar-me, mas disfarço e convenço-a a sentar-se na sua cadeira.
Tem de ser ela a subir para a cadeira SOZINHA, se a ajudo volta a descer para subir SOZINHA! “A mana xózhinha!”
Sento-me ao lado dela, uma garfada na minha comida enquanto ela acaba de se ajeitar na cadeira. Uma garfada de arroz para ela, que quer “peixinho” (que por acaso geralmente até é carne), mudo para o “peixinho” que ela come enquanto pede chá.
Lembro o mano que tem de comer pois está com o olhar suspenso na televisão (e a “mastigação” também), sejam desenhos animados ou o DVD que a mana pôs e que ela “até nem queria porque já não gosta do Noddy nem do Ruca”.
Ela bebe o seu chá verde e dou-lhe mais comida. Nos intervalos vou comendo.
O mano a meio da refeição começa a negociar, que não quer mais, que só come mais um pedaço de carne, ou uma colher de arroz, que quer sugus, enfim... depois de chegarmos a acordo acaba de comer e pede para sair da mesa. É assim todos os dias, vai ser um bom negociante quando crescer.
Depois é o pai que acaba e vai supervisionar os trabalhos de casa do filho e os jogos no computador depois destes terminados.
Vou arrumando a mesa enquanto lhe dou mais umas colheradas de comida.
Ela vai mastigando e eu entre lavar um prato e outro venho à sala dar-lhe mais comida.
Sem paciência pergunto-lhe se não quer mais, mas ela insiste que quer e só fica contente quando vê o prato vazio, mesmo quando já está tão cheia que lhe custa a engolir as últimas colheradas.
Ao contrário de outras mamãs que se queixam porque os filhos não querem comer, eu “queixo-me” de por vezes querer que a minha coma um pouco menos. Não está contudo gorda, pesa 14 kg nos seus 95 cm, a minha amorinha grande.
Por vezes, mais do que as que gostaria, irrito-me porque nunca mais se despacha (chega a demorar uma hora para jantar, só a comida, sem contar a fruta) e digo que já chega, franzo a testa e as sobrancelhas, digo-lhe para comer senão a mamã leva o prato e ela olha-me séria e diz “não, a mana é linda”, inclina-se para mim e abraça-me dizendo “abraço bom!...” e é tão bom aquele abraço. Quando se afasta olha para mim e, se continuo de sobrancelhas franzidas, volta a repetir o seu “não” (é tão doce este não) e faz-me festinhas na testa e nas sobrancelhas para não me zangar (eh eh eh, espertinha), voltando a dizer “a mana é tão linda!” (pois és, amor, és linda!)
Quando (finalmente!) acaba de comer já tem a sua maçã pronta à espera (tem de ser maçã!) e corre para a sala de computador onde o pai lhe mostra fotos ou jogos da Dora ou o Elmo da Rua Sésamo com o qual vai aprendendo a reconhecer o abecedário e os números.
Acabo de arrumar a mesa e a cozinha, preparo leitinho para os dois e aviso que têm mais 5 minutos para brincar no computador, depois “Ró”.
E depois segue-se novo ritual que fica para amanhã (tipo cenas dos próximos capítulos!) ;)
Depois o papá que vai arranjando a comida, tira as espinhas ao peixe ou corta a carne em pedaços pequenos para eles. Sempre foi assim, é algo natural que nunca se discutiu quem faria. E ainda bem que ele faz que eu não gosto nada.
Trago o resto do que falta para a mesa e começo a chamar a amorinha.
Quando tudo está pronto vou buscá-la pela mão e há sempre alguma coisa que ela precisa fazer antes de se sentar à mesa, seja por um DVD para ver, ir buscar um boneco, arrumar qualquer coisa, procurar um livro... e eu começo a irritar-me, mas disfarço e convenço-a a sentar-se na sua cadeira.
Tem de ser ela a subir para a cadeira SOZINHA, se a ajudo volta a descer para subir SOZINHA! “A mana xózhinha!”
Sento-me ao lado dela, uma garfada na minha comida enquanto ela acaba de se ajeitar na cadeira. Uma garfada de arroz para ela, que quer “peixinho” (que por acaso geralmente até é carne), mudo para o “peixinho” que ela come enquanto pede chá.
Lembro o mano que tem de comer pois está com o olhar suspenso na televisão (e a “mastigação” também), sejam desenhos animados ou o DVD que a mana pôs e que ela “até nem queria porque já não gosta do Noddy nem do Ruca”.
Ela bebe o seu chá verde e dou-lhe mais comida. Nos intervalos vou comendo.
O mano a meio da refeição começa a negociar, que não quer mais, que só come mais um pedaço de carne, ou uma colher de arroz, que quer sugus, enfim... depois de chegarmos a acordo acaba de comer e pede para sair da mesa. É assim todos os dias, vai ser um bom negociante quando crescer.
Depois é o pai que acaba e vai supervisionar os trabalhos de casa do filho e os jogos no computador depois destes terminados.
Vou arrumando a mesa enquanto lhe dou mais umas colheradas de comida.
Ela vai mastigando e eu entre lavar um prato e outro venho à sala dar-lhe mais comida.
Sem paciência pergunto-lhe se não quer mais, mas ela insiste que quer e só fica contente quando vê o prato vazio, mesmo quando já está tão cheia que lhe custa a engolir as últimas colheradas.
Ao contrário de outras mamãs que se queixam porque os filhos não querem comer, eu “queixo-me” de por vezes querer que a minha coma um pouco menos. Não está contudo gorda, pesa 14 kg nos seus 95 cm, a minha amorinha grande.
Por vezes, mais do que as que gostaria, irrito-me porque nunca mais se despacha (chega a demorar uma hora para jantar, só a comida, sem contar a fruta) e digo que já chega, franzo a testa e as sobrancelhas, digo-lhe para comer senão a mamã leva o prato e ela olha-me séria e diz “não, a mana é linda”, inclina-se para mim e abraça-me dizendo “abraço bom!...” e é tão bom aquele abraço. Quando se afasta olha para mim e, se continuo de sobrancelhas franzidas, volta a repetir o seu “não” (é tão doce este não) e faz-me festinhas na testa e nas sobrancelhas para não me zangar (eh eh eh, espertinha), voltando a dizer “a mana é tão linda!” (pois és, amor, és linda!)
Quando (finalmente!) acaba de comer já tem a sua maçã pronta à espera (tem de ser maçã!) e corre para a sala de computador onde o pai lhe mostra fotos ou jogos da Dora ou o Elmo da Rua Sésamo com o qual vai aprendendo a reconhecer o abecedário e os números.
Acabo de arrumar a mesa e a cozinha, preparo leitinho para os dois e aviso que têm mais 5 minutos para brincar no computador, depois “Ró”.
E depois segue-se novo ritual que fica para amanhã (tipo cenas dos próximos capítulos!) ;)
Não, não é a amorinha ;)
11 comments:
Saudades Vossas!
Tenho uma parecida no que se trata de "pastelice", já em quantidade nem comento. 95 cm?! acho q a M nem aos 90 chegou ainda!
Chá verde? e não faz mal? é que eu conheço o chá verde das dietas!
O que gosto mais em tudo isto são as rotinas, que sinceramente, acho mais acessivel com dois.
Jocas, grandes Sandra
Venho agradecer-lhe as palavras queridas que me deixou, Sandra... e desejar-lhe que viva cada momento da sua (A)Ventura de Mãe sempre com esse carinho e ternura que lhe enche o coração!
Perdi-me completamente no tempo, ao ler o seu blog! Fui, de post em post, como abelhinha de flor em flor, à procura de néctar... A sua história de amor é linda, que bom lembrar-nos que o Amor existe! E depois, toda essa "mimice" que o despontar dos seus amores pequeninos lhe inspira, é de uma ternura de nos deixar de olhos-a-nadar-em-sorrisos... Que saudade dos tempos em que os meus rebentos estavam em princípio de Primavera! Como os revejo, nessas suas descrições tão amorosas! Um beijo grande, grande, daqui até Macau..Teresa
Curioso... pensei mesmo que fosse a Amorinha.
Bem, pelo menos come tudo! Eu queixo-me do pouco tempo que o André quer estar à mesa. Já em termos de negociações o Pedro também faz o mesmo que o Daniel!
bjinhos
Relatos bastante comuns em muito boas casas!
Um que não quer comer mais, outro que come tudo mas demora "horas"!
Fico à espera dos próximos capítulos...
Bjs
Tens dois filhotes bem diferentes, na alimentação:P
E agora ficamos à espera, dos próximos capitulos... estou a gostar!!!!
Beijinhos Nossos
Tinha saudades de te ler...
Que bom que ambos crescem a olhos vistos, e a tua amorinha parece estar a cada dia que passa mais encantada.
Chá verde?
Beijocas para vós
Mãe mà desnaturada, que quer uma filha lingrinhas...
;p
O que vale é que pelos vistos ninguém colabora contigo,ah!ah!
Aqui o piolho mais velho começou essa fase de levar HORAS a comer e haja santa paciência mesmo,irra!
bjs
A minha vai nos 98 cm e 17 quilos. Estamos tramados. LOL
Adora comer!
Bjos
Cristina
E com essa conversa de menininha dá a volta à Mamã ;)
Beijinhos
é a anita?
por cá o mesmo problema - dizer que já chega de comer. A diferença é que me irrito de tantas vez que lhe digo come devagar e mastiga antes de engolir :D
beijinhos
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