Mais um aniversário…
Lembra-me de ser menor e de pensar que “nunca mais” tinha 18 anos!
A importância da data devia-se ao facto da minha avó não saber assinar e ser sempre uma chatice em relação aos papéis da escola, testes e informações que era preciso assinar para confirmar.
Muitas vezes pedia a outras pessoas para dar o nome como encarregado de educação, uma tia, a mãe de uma colega. Mas eu achava que era chato para os outros e cheguei a assinar por eles, só para não estar a incomodar. Os professores apercebiam-se e perguntavam-me, “acusavam-me”, e penso que deviam achar estranho porque eu tinha boas notas. E eu tinha vergonha de admitir que era por não querer incomodar ninguém, ou porque no tempo que davam para assinar e devolver as provas eu não conseguia ver as pessoas que deviam assiná-las…
Hoje, tantos anos passados, vejo como o “tempo voa” e que depois dos 18 anos os anos passam a correr.
Não gostaria de voltar atrás como muitas pessoas dizem que gostariam. Não havia muitas coisas que fizesse de modo diferente. Teria tido filhos mais cedo e teria comprado outra casa em vez daquela onde vivo em Macau. De resto, acho que não mudava mais nada…
Quando era pequena tinha um sonho e dizia muitas vezes à minha avó que “quando fosse grande” queria ter uma casa minha (ela nunca teve, apenas alugada no início e depois cedida) e uma empregada. Posso considerar que já realizei estes sonhos. Tenho metade da casa de Portugal e metade da casa de Macau, o que somado dá uma casa, portanto tenho uma casa minha (e já o tinha quando ela faleceu, falta pagar as prestações, mas nada que trabalhando não se chegue lá) e tenho uma empregada, essa só minha visto que sou eu a responsável por ela estar em Macau junto dos serviços de emigração. A empregada foi por necessidade por causa dos filhos, mas tenho e a minha avó também o soube.
Penso que ficou feliz porque eu realizei estes meus sonhos de miúda e ultimamente tenho-me recordado bastante disso.
E, hoje, que mais um aniversário se passa, os meus sonhos são “mais pequenos” e menos materialistas, só quero saúde para mim e para os meus e poder estar sempre presente na vida dos meus filhos.
Por falar em saúde, a biopsia, cujo resultado soube na passada quinta-feira confirmou aquilo que eu achava, que não era nada, mas assim descansou também muita gente. Foi um exame que me custou fazer, mas no sítio onde fiz, todos foram muito profissionais, fui anestesiada antes (localmente) e depois deram-me um gel gelado para colocar para não ficar negro e falaram sobre comigo sobre o que iria acontecer e o que estavam a fazer (que eu tenho de saber tudo…). E afastou-se uma doença em que eu nunca acreditei mas que assusta…
E, logo à tarde vai haver tiramisu, bolo de chocolate e mosaico de gelatina para celebrar no trabalho e, à noite, vai haver bolo para soprar as velas com o marido e os filhos que hoje foi o primeiro dia de aulas do meu filhote, e o primeiro dia a usar óculos (graduação 0.75 nos dois olhos) na sala de aula.
Lembra-me de ser menor e de pensar que “nunca mais” tinha 18 anos!
A importância da data devia-se ao facto da minha avó não saber assinar e ser sempre uma chatice em relação aos papéis da escola, testes e informações que era preciso assinar para confirmar.
Muitas vezes pedia a outras pessoas para dar o nome como encarregado de educação, uma tia, a mãe de uma colega. Mas eu achava que era chato para os outros e cheguei a assinar por eles, só para não estar a incomodar. Os professores apercebiam-se e perguntavam-me, “acusavam-me”, e penso que deviam achar estranho porque eu tinha boas notas. E eu tinha vergonha de admitir que era por não querer incomodar ninguém, ou porque no tempo que davam para assinar e devolver as provas eu não conseguia ver as pessoas que deviam assiná-las…
Hoje, tantos anos passados, vejo como o “tempo voa” e que depois dos 18 anos os anos passam a correr.
Não gostaria de voltar atrás como muitas pessoas dizem que gostariam. Não havia muitas coisas que fizesse de modo diferente. Teria tido filhos mais cedo e teria comprado outra casa em vez daquela onde vivo em Macau. De resto, acho que não mudava mais nada…
Quando era pequena tinha um sonho e dizia muitas vezes à minha avó que “quando fosse grande” queria ter uma casa minha (ela nunca teve, apenas alugada no início e depois cedida) e uma empregada. Posso considerar que já realizei estes sonhos. Tenho metade da casa de Portugal e metade da casa de Macau, o que somado dá uma casa, portanto tenho uma casa minha (e já o tinha quando ela faleceu, falta pagar as prestações, mas nada que trabalhando não se chegue lá) e tenho uma empregada, essa só minha visto que sou eu a responsável por ela estar em Macau junto dos serviços de emigração. A empregada foi por necessidade por causa dos filhos, mas tenho e a minha avó também o soube.
Penso que ficou feliz porque eu realizei estes meus sonhos de miúda e ultimamente tenho-me recordado bastante disso.
E, hoje, que mais um aniversário se passa, os meus sonhos são “mais pequenos” e menos materialistas, só quero saúde para mim e para os meus e poder estar sempre presente na vida dos meus filhos.
Por falar em saúde, a biopsia, cujo resultado soube na passada quinta-feira confirmou aquilo que eu achava, que não era nada, mas assim descansou também muita gente. Foi um exame que me custou fazer, mas no sítio onde fiz, todos foram muito profissionais, fui anestesiada antes (localmente) e depois deram-me um gel gelado para colocar para não ficar negro e falaram sobre comigo sobre o que iria acontecer e o que estavam a fazer (que eu tenho de saber tudo…). E afastou-se uma doença em que eu nunca acreditei mas que assusta…
E, logo à tarde vai haver tiramisu, bolo de chocolate e mosaico de gelatina para celebrar no trabalho e, à noite, vai haver bolo para soprar as velas com o marido e os filhos que hoje foi o primeiro dia de aulas do meu filhote, e o primeiro dia a usar óculos (graduação 0.75 nos dois olhos) na sala de aula.