Wednesday, January 31, 2007

DÚVIDAS DE MÃE


Os meus filhos adoram leite.
O meu boneco mais que a amorinha.
Leite está muito relacionado com dormir.
Antes da sesta e à noite não dispensam o seu leitinho, mesmo que tenham jantado bem.

Boneco
O meu boneco sempre foi um exagerado a comer, mesmo quando apenas mamava e bolsava sempre a seguir, aliás aquilo era mais vomitar que bolsar, mas o pediatra sempre disse que era porque ele bebia demais e o excesso tinha de sair.
Com o tempo realmente estes episódios foram sendo cada vez menos, mas mesmo assim rara é a semana em que não acontece uma ou duas vezes de manhã, ao acordar.
Ele acorda, vai à casa de banho e bebe o leite no biberão (com um buraco onde enfia o dedo...) deitado. Há dias em que depois ao levantar-se sai sempre um pouco. O facto é tão normal que ele “está habituado”. A mim faz-me impressão e continuo a questionar o pediatra que me diz que é normal e que irá passar.
Quatro anos e meio e ainda não passou...

Amorinha
Ela adora o leitinho para dormir.
Acorda uma ou duas vezes a meio da noite a gritar pelo seu “titinho” que lhe dou e ela adormece quase de seguida.
De manhã, por volta das 7:30 acordo-a e bebe o seu leitinho.
Se estiver ensonada bebe o leitinho e a seguir continua a dormir, geralmente enquanto despacho o mano. Se acordar mesmo às vezes bebe o leite, outras recusa e, quase sempre vomita a seguir. E não é apenas um bocadinho, aliás até parece mais do que bebeu...
Ela não costumava vomitar como ele e agora vomita mais que ele.

Já nem me queixo da sujidade e do cheiro mas preocupa-me que isto aconteça e sempre só de manhã.
Será que é por terem o estômago vazio e isso faz com que não tolerem bem o leite?
Tenho cada vez mais dúvidas e questões na cabeça.
Mudar outro tipo de pequeno almoço também não é fácil que eles não gostam de papas nenhumas...
Aceitam-se opiniões, críticas, sugestões e tudo o mais que será benvindo...

Tuesday, January 30, 2007

FIM DE SEMANA!


Frio... com sol, muito sol.
Dias lindos, que convidavam a andar na rua.
Um dia um pouco “desperdiçado” com as compras da semana, aproveitado ao fim do dia, mas o sol desaparece cedo... e vem o frio. Um frio cortante e muito seco que atravessa a roupa e chega aos ossos e que nos arrepia a alma!
Um domingo solarengo que começou mais tarde (ok, às 8 e pouco da manhã é mais tarde!)
Muita brincadeira no jardim onde o sol aquecia o corpo e os vossos risos o coração...
Gosto tanto de vos ver brincar. Sozinhos. Um com o outro. Comigo, com o papá, todos juntos. Gosto tanto de vos ouvir rir, de ver o brilho da felicidade no vosso olhar.
Almoço fora e continuação da brincadeira. Jogar futebol, brincar com o jipe telecomandado, ou correr livremente pela relva. Brincar à apanhada, com direito a sessão de cócegas quando apanho o boneco, cócegas que ele adora e se deixa apanhar só para que lhe faça cócegas. A mana corre atrás de nós, ri, está tão feliz!
Atira-se também para cima de nós e desafia para umas cócegas.
Horas da sesta da mana. Regressamos a casa. Boneco e papá vão novamente para o jardim.
A mamã faz um bolinho, umas queijadas, prepara o jantar. Vocês regressam. Feliz, tão feliz e falas muito, atropelas as palavras de tantas coisas que tens para contar. A mana acorda. Mais brincadeira e o banho, uma grande brincadeira a dois. O papá e eu fora da banheira, tão ou mais molhados que o boneco e a amorinha.
Jantar, mais um pouco de brincadeira. O leitinho, que ambos não dispensam, o livro e fazer ó – ó. Felizes. Gosto tanto de vos ver felizes!

Monday, January 29, 2007

LER



Descobri que o meu filho sabe ler algumas palavras, devagarinho e formando as frases.
Pensava que tinha sido na escola mas ele disse que foi comigo.
Eu não lhe ensinei mas ele pede-me para apontar cada palavra que vou lendo com o dedo e ele costuma seguir muito atento. Ontem à noite enquanto preparava o uniforme dele ouço-o a “ler”. Inicialmente pensei que estaria a inventar e nem liguei.
Quando me sentei ao lado dele e vi-o a juntar as palavras fiquei tão admirada! E ele tão feliz sempre que conseguia ler uma palavra sozinho sem a minha interferência...
Claro que há muita coisa que ele não consegue ler ou não tem a pronúncia correcta, mas já consegue juntar as palavras (as mais simples), algumas frases completas e perceber o que lá está.
No inicio fiquei muito contente, depois preocupada que esteja a aprender demasiado depressa e que se farte da escola. Alguém me ensina o que é que eu faço?
Vale o facto de ele adorar a escola porque brinca muito e tem lá muitos amigos, mas nem sei como vai ser com a pressa que ele tem de aprender.

Para referência, o livro que ele estava a ler era “I’m dirty!”

HERÓI?...

O comentário da Noite deixou-me a pensar que realmente as notícias são uma bela maneira de distorcer a realidade (ou não...) e neste caso de levar as pessoas a acreditar que o pai adoptivo, num processo que nunca foi concluído, está a fazer tudo para o bem da menina.
Também pensei (penso?) assim, mas fui dar uma espreitadela ao Acordão do tribunal e fiquei com algumas dúvidas.
Não quero mudar a opinião de ninguém e acredito que o senhor tenha melhores condições de criar a menina que o pai biológico, que, tal como disse a Noite nem teve qualquer oportunidade de demonstrar se é bom pai ou não...
Bem, avaliem e vejam o Acordão e voltem a pensar sobre o assunto com mais informação.

Friday, January 26, 2007

TSUNAMI: DOIS ANOS E UM MÊS DEPOIS

Tsunami
Esta palavra fará para sempre parte do meu vocabulário, da minha vida e da vida dos meus filhos.
Passam hoje dois anos e um mês.
Não é uma data a celebrar, ou talvez seja, depende do ponto de vista.

Quando passaram dois anos eu estava em Portugal e, claro que não me esqueci da data, nem tal seria possível porque na televisão foi mencionado, mas não consegui registar aqui.

No início desta semana sonhei com o tsunami, com as ondas que não cheguei a ver...
Voltei a sentir a aflição, passaram pela minha mente as imagens que retive naquele dia.
A água, o barulho, fugir, o meu boneco, eu grávida...

Já uma vez escrevi sobre o tsunami e sobre a sorte que tive(mos).
Hoje quero celebrar os dois anos e um mês de uma nova oportunidade de nada nos ter acontecido, de ter dado um novo valor à minha vida e à dos outros, de dar mais importância a pequenos gestos, de me preocupar menos com o ter e mais com o ser.

Há coisas que nunca esquecerei, há imagens que me impressionaram tanto. Tantas e tantas histórias, tanta e tanta dor...

Vou reter para sempre na memória o meu primeiro terramoto, o barulho do mar a rebentar o que estava no seu caminho, o que não vi e apenas ouvi, o que pensei ser um atentado terrorista; o pavor das pessoas que corriam para dentro do meu hotel, sem que ninguém explicasse o que se passava; o desespero de quem me respondeu, o terror na voz, a água a cobrir a piscina à frente do meu quarto, a chegar ao meu quarto, eu de mão dada com o meu boneco a pensar em pô-lo a salvo de algo que nem sabia o que era, a preocupação, as pessoas feridas, braços partidos, enrolados em toalhas ensanguentadas, a pé a caminho do hospital, o desespero de muitas pessoas que encontrámos, o carro que avariou, a entre ajuda, a exploração, a preocupação por quem estava longe, o nosso nome na lista de incontactáveis...tantas, tantas memórias.

Porque o recordo hoje? Talvez porque sonhei com isso esta semana...
Talvez porque me sinto feliz porque não nos aconteceu nada.
Bom fim de semana!

AINDA AS NOITES

Lembram-se desta noite?
Lembram-se da regra que diz que há sempre uma excepção que confirma a regra?
Pois, aquela noite foi a excepção e ela continua a acordar uma ou duas vezes por noite para beber leitinho.

Thursday, January 25, 2007

ADIVINHA

Sabem o que é que nos provoca calafrios na barriga, nos deixa o coração mais acelerado e as mãos transpiradas, sabem?
Não, não é estar apaixonado!
É uma visita ao dentista!!!


PS: Não se nota nada que eu não gosto mesmo nada de dentistas, pois não?!!!
E tinha mesmo de ser que começou a doer a sério ontem à noite!
O mais engraçado (?) é que é um dente tratado e desvitalizado! Tem uma pequena cárie mas suspeita-se de uma infecção e tenho ali uns comprimidos para tomar e voltar lá daí a uma semana para ver se ainda se pode "salvar" o dente!

PORQUE AINDA HÁ HERÓIS

Petição pela libertação do Sargento Luís Gomes

Wednesday, January 24, 2007

A PRIMEIRA NOITE COMPLETA


(post para ler em voz baixa, muito baixa e a fazer figas para que continue assim!)

Não me costumo queixar muito das minhas noites.
Os meus filhos não costumam dormir a noite toda.
Nunca os trouxe para a minha cama porque tal nunca funcionou.
A minha cama é, para eles, um local de brincadeiras!
O meu filho só começou a dormir a noite toda depois dos 2 anos e foi quando também deixou de beber leite de noite.
A amorinha ainda bebe leite de noite, geralmente bebe por volta das 21:00 quando a deito, depois à uma da manhã e depois às 6:00 e levanto-me às 7:00.
Mas esta noite bebeu o leite às 21:00, deitei-a e fui-me deitar perto da 1:00 e ela não acordou, só acordou hoje às 6:56!!!
Foi a primeira vez que dormiu a noite toda e que não bebeu leite durante a noite!!!

VIAGENS

No Natal fomos a Portugal.
Esta foi a 12ª vez que o meu filho de quatro anos e meio andou de avião!
E foi a sua 8ª viagem Macau - Portugal - Macau!
Foi também a 4ª vez que a amorinha andou de avião e a 3ª vez que foi a Portugal no seu ano e meio de existência.
Tudo isto sem contarmos que ambos fizeram uma viagem na barriga da mamã a Portugal, ele só “voltou” de Portugal de avião porque já tinha vindo de carro de Espanha (e aqui se conclui que os bebés vêm de Espanha!!! Eh eh eh!). Ela fez a “viagem completa”!
Ora, menino made in Spain, menina made in Macau! ;)
Isto tudo só para dizer que para eles é tão normal andar de avião que se portam bem (dentro do possível, afinal a “viagem maior” são 12 – 13 horas dentro de um avião e até a mim me apetece fazer birra!).
Nunca tinha pensado no assunto até que uma senhora comentou que ela era tão pequenina e já ia andar de avião e o ar de admiração dela quando respondi que já era a quarta viagem dela e a terceira a Portugal ainda mais admirada ficou.
E nem lhe soube dizer quantas o meu boneco já tinha feito e só agora por curiosidade estive a contar!

A VIAGEM E AS NOVAS REGRAS

Costumamos ir a Portugal de Air France que costuma ter o melhor preço e a menos espera na “troca” de aviões. (É que depois de 12 – 13 horas no avião ter de esperar mais de 2 horas dá cabo da paciência a qualquer um e com crianças pequenas, cansadas, com fome – que não comem nada de jeito na viagem, e com sono qualquer espera suportável torna-se insuportável!)
Esta vez não foi excepção.
Novas regras de segurança na Europa por causa dos líquidos.
Sublinho, na Europa.
Ora, se eu ia para a Europa numa companhia europeia estava preocupada com o leite que ia levar para eles, mais de 2 litros!!! Eles não comem nada na viagem, só bebem leite!!!
Preocupação de mãe galinha, claro.
A agência de viagens pergunta ao aeroporto de Hong Kong e dizem que talvez deixem passar, talvez, mas não assumem nada, depende...
Enviei um email à compamhia aérea que me enviou o link para as regras de segurança que está no site deles e que eu tão bem conhecia, mas que não descriminava o que era comida de bebé.
Novo email e a nova resposta vaga que podia levar leite desde que não fosse muito...
Perguntei à companhia se havia leite a bordo e disseram que às vezes têm um pacote...
Fiz um pedido para que tivessem leite a bordo e resolvi deixar de me preocupar com a questão (ou pelo menos tentar deixar de me preocupar...)

No dia antes da viagem distribui o leite pelos biberões, 3 para cada um deles (3 biberões x 260 ml x 2 crianças = 1,560 l) e levei mais 4 pacotes de 250 ml cada, ou seja mais um litro, num total de 2,560 litros

A viagem começa em Macau, onde apanhamos o jetfoil (barco) para Hong Kong. Como o voo é à noite apanhamos o barco expresso para o aeroporto de Hong Kong e o nosso check in é feito no cais dos barcos à chegada a Hong Kong (o que é muito conveniente e evita andar a carregar as malas de um lado para o outro!). Como o controlo das bagagens de mão também é feito no mesmo local e o pessoal que o faz nem quer saber qual o destino dos passageiros, ninguém implicou nada com o leite e outros líquidos!
E, acho que não passei mais nenhum controlo de bagagem e assim que entrei no avião para a viagem “grande” respirei de alívio porque para a pior parte da viagem tinha leite!

À chegada a Paris (12 horas e tal e 3 biberões depois...- para cada um, claro!) estava muito mais leve e com muito menos líquidos mas implicaram com uma lata de Pocari (bebida para atletas tipo Isostar que me deram no barco quando ela vomitou – viajámos na classe equivalente à classe executiva que a económica estava esgotada!!!) Só quando uma das “revistadoras” percebeu que a bebida era mesmo para a bebé e o marido a despejou numa garrafa de plástico de água vazia é que deixaram passar. A meia garrafa de água das mais pequenas também não dava para passar e a água foi despejada no biberão de água da amorinha. O leite ninguém perguntou nada. Nem a comida de boião que foi, veio e foi parar ao lixo!

No regresso, em Portugal o pessoal é simpático (os portugueses são um povo simpático!) e perguntou se tínhamos líquidos e quando dissemos que tínhamos leite nem quiseram ver, espreitaram sem interesse nenhum e lá passámos (comigo a respirar de alívio, era novamente muito leite!). Em França novamente a pergunta sobre que líquidos transportávamos, a minha resposta: “Milk” e o rapaz muito aflito a perguntar em francês “Qu’est-ce que sai ça?” e eu com pouca vontade de lhe responder, não é um aeroporto internacional? A colega dele salvou-o e explicou-lhe: “Milk c’est du lait”. As bagagens passaram no scan e mais ninguém perguntou nada sobre líquidos!Tanta segurança, tanta confusão e foi tudo tão simples ( e ainda bem)!

UMA CASA CHEIA!

A véspera de Natal foi passada em minha casa.

Chegámos no dia 16 de manhã, cerca de uma semana antes da véspera de Natal.

No Inverno fica de noite cedo, muito cedo, por volta das 17 h começava a escurecer e às 18 – 19 h tinha os meus filhos desesperados de sono porque estava escuro e porque tinham jetlag, que no Inverno são mais 8 horas em Macau que em Portugal e a adaptação custa.

O máximo que os conseguia aguentar era até às 20h, entre jantar e banhos. Quase nunca jantámos fora e quando o fazíamos comíamos cedo (19 h) e voltávamos para casa, eles adormeciam no carro e quando chegava a casa punha-os nas respectivas camas.

Quando estávamos em casa deitava-os e muitas vezes adormecia com eles por volta das 20:30 – 21:00!!!

Com estes horários não poderia ir passar o Natal a casa de ninguém e ficou decidido que seria em minha casa para quem se quisesse juntar a nós. Uma casa cheia com 10 adultos e 4 crianças!

O meu boneco adorou tanta gente lá em casa, tanta agitação! Ela não! E não me largava as “saias” (que eu quase nunca visto). Ela aguentou-se a muito custo até às 22:00, ele até às 23:30! Como o pessoal tinha de ir embora decidimos mudar a tradição (até porque em Macau já há muito que tinha passado a meia noite!...) e às 22:00 deu-se a distribuição e abertura de prendas o ponto alto da noite bem passada e que poderia ter sido ainda melhor não fosse algumas situações de mal estar entre os presentes!

E, para mais tarde recordar, estiveram presentes no jantar: a avó S., minha mãe, o meu padrasto, avô F., o meu irmão L., a mulher, L. e os filhos, A. e I., o meu irmão M., o meu primo A., o amigo do meu irmão que foi re-baptizado de Ruca, a minha avó M. e, claro nós 4 (mamã, papá, boneco e amorinha)!

Tuesday, January 23, 2007

QUALITY TIME (TEMPO DE QUALIDADE?)

7:00 Levanto-me e a amorinha costuma acordar. Às vezes bebe leitinho, outras não. Lavar o rabito e vestir. Sempre a despachar...
7:20 Acordar o mano. Casa de banho, leitinho, vestir, lavar cara e dentes e ele calça-se sozinho enquanto me despacho.
Pelo meio tenho de resmungar um "despachem-se!" porque ele e a mana começam a brincar ou a implicar um com o outro.

8:00 Sair de casa.
8:30 Mano na escola
8:45 Mana na creche
...
18:15 ou 19:15 (depende se tenho ou não ginástica) Chego a casa
(Se for às 18:15 a amorinha janta às 18:30)
Banhos de todos...
19:45 ~ 20:00 Jantar
20:30 “Titinho” (leitinho) do mano e da amorinha e muitas vezes há uns "despachem-se" pelo meio porque se dormem mais tarde no dia seguinte estão rabugentos!

21:00 Depois de dentes lavados, xixi e história contada o mano está na cama
21:15 ~21:20 A mana está na cama

E eu penso: “Onde está o meu “Quality time” com eles???!!!

Monday, January 22, 2007

"PAPATO"

E este fim de semana descobri que a minha filha com 20 meses consegue calçar uns "papatos" (sapatos) como estes da imagem (retirada daqui) sozinha!!!

Thursday, January 18, 2007

UM PEQUENO GÉNIO

Em conversa com uma menina blogueira, minha homónima (e tu sabes quem és) descobri que tenho um pequeno génio lá em casa. E antes de continuar deixem-me dizer que sim, sou uma mamã muito babada, mas acho tudo o que eles fazem e aprendem perfeitamente normal.

Ora vejamos, o meu filho aprendeu o abecedário aos 2 anos, não sei precisar quando, ele interessava-se pelas letras dos livros e eu comprei um livro que tem o abecedário e exemplos de palavras começadas por essa letra, era em inglês e muitas vezes eu ensinava o A for Apple, Maçã. Aos poucos ele foi memorizando. Na creche também ensinavam a música do ABC em inglês. Lembro-me de um amigo ter comentado que ele era muito inteligente, mas para mim saber o abecedário antes de completar 3 anos é o esperado aqui em Macau, pelo menos na creche chinesa onde ele andou e onde a mana anda.
Ao mesmo tempo comprei um livro que ensinava os números de 1 a 10 e ele foi aprendendo. Sempre muito curioso e a fazer perguntas.

A escolha para ele prosseguir “os estudos” não recaiu no único jardim de infância português do território ao contrário do que muita gente poderia pensar. O meu filho exigia mais do que brincar e sei que se sentiria “demasiado livre” se fosse para lá e eu também queria que ele aprendesse mais línguas, o chinês e o inglês, que além do português fala desde que nasceu. Portanto com 3 anos e a falar 3 línguas é mais um sinal de ser génio, certo? ;)

Ele não entrou na escola inglesa que eu tinha escolhido porque o meu boneco é muito envergonhado e não fala com quem não conhece. Ora se isto é muito bom para mim, não o foi no caso onde já me faltava o Factor C que aquela escola exige e que eu só descobri mais tarde e não pude tentar encontrar o tal factor a tempo... Na entrevista de observação da referida escola o meu menino entrou mudo e saiu calado e nem comigo ele falava quando se apercebia que havia alguém a observar.

Escolha de recurso uma escola dita inglesa, cuja designação de ser inglesa consta do seu nome, mas que me deixou muitas dúvidas. Anyway, foi o possível sem ser o jardim de infância português. Escola localizada no centro da cidade, muito perto do meu trabalho, mas com professores filipinos cuja pronúncia inglesa não é propriamente a que queria que o meu filho aprendesse. Tinha imensos livros e um programa bastante completo que me pareceu demasiado para uma criança de 3 anos, por mais sedento de conhecimento que a mesma fosse.

A minha opção e a do papá foi que ele fizesse os trabalhos de casa que incluíam escrever o alfabeto, caracteres chineses e contar quantos desenhos (carros, etc) estavam lá (entre 1 e 10), mas nunca demos importância a que estudasse nem fizemos pressão.

Tinha uma semana completa de exames por semana e não era fácil. Optámos por ler com ele a “matéria” todos os dias na véspera do exame, pensávamos que era para ele ter apenas uma ideia do que se estava a passar, mas ele memorizava tudo. Foi o melhor da turma dele, algo tão importante que lhe entregaram uma taça na festa de encerramento do ano lectivo, onde a língua de comunicação mais usada foi o chinês com algumas frases em inglês e algumas músicas apresentadas pelos alunos em inglês, o que para uma escola dita inglesa deixa muito a desejar.

A decisão estava tomada e ele mudava de escola, novamente uma escola inglesa, mas onde o factor C não foi preciso, ou isso ou não tinham muitos alunos... Anda lá todo contente, aprende mais uma língua, o mandarim (o ano anterior na escola aprendia cantonense), melhorou imenso a pronúncia inglesa e o vocabulário que domina é cada vez maior. Noto que aprende mesmo a brincar e faz imensos trabalhos manuais e actividades de pintura e outras que nem sei bem o que são, mas vai aprendendo e, o mais importante para mim, adora a escola e está FELIZ!

O meu boneco, agora com 4 anos e meio, sabe o abecedário todo em português e inglês, conta perfeitamente de 1 a 100 e sabe a sequência em centenas até ao 1,000. Fala português, inglês e cantonense e já tem um bom vocabulário de mandarim, sabendo ainda meia dúzia de palavras em francês (que eu lhe ensino a pedido e na escola os parabéns são sempre cantados em inglês, português, francês e mandarim, daí o interesse pelo francês). Não lê, mas já reconhece muitas palavras (a mim parece-me ter uma boa memória visual) e escreve o nome dele, o da mana, o meu e o do papá, além de outras coisas que às vezes se lembra. Tem dificuldade em fazer algumas letras que escreve quase sempre ao contrário, como o S, o N e o Z, de resto não se engana. Ainda sabe fazer pequenas contas de somar e subtrair que começaram a aprender há pouco mais de um mês. Face isto tenho ou não em casa um pequeno génio de 4 anos e meio?

Wednesday, January 17, 2007

Vocês

Vocês provocam...
Agora aturem-me!!!
Experiências na cozinha

Tuesday, January 16, 2007

NOTICIAS OU REGRESSO?

Eu sei que disse que iria regressar.
E fico sensibilizada com tantas pessoas que por aqui passam a deixar uma palavrinha e a dizer que têm saudades de me ler.

Tenho lido algumas de vocês, umas tenho comentado, outras não.
Tenho muito trabalho, no trabalho e em casa. Parece que de repente há mais para fazer e que o tempo rende menos.

Costumava tirar 2 horas em cada noite para visitar os meus blogs preferidos, mas esse tempo agora não chega sequer para ir espreitar todos os que me deixam uma palavra.
Não me sinto na obrigação de retribuir as vossas visitas, mas gosto de o fazer e acho até um pouco injusto não ter tempo para vos comentar.

Tenho escrito muita coisa, no meu pouco tempo livre, mas tenho tudo em draft e se começar a publicar até se fartam de tanta coisa, ainda por cima parece que cada vez escrevo mais...

Também me tenho dedicado a um outro passatempo de que gosto bastante e que me ajuda a “arejar” as ideias: a culinária. Estou a pensar relatar as minhas aventuras na cozinha porque tenho a certeza que iriam divertir muita gente. É que nem sempre as coisas correm bem e até acaba por ser divertido, pelo menos eu não me chateio e tento ver o lado positivo da experiência. E eu que gosto tanto de fazer doces e bolos não tenho ninguém que os aprecie. Acho que vou começar a oferecer aos colegas de trabalho...

Quanto ao url ainda não o vou mudar porque seria um pouco injusto para quem comprar o livro do post lá em baixo: Que é o amor porque no fim do meu texto tem o meu nickname e link para o blog. Quem comprar o livro poderá vir espreitar quem é a pessoa que escreveu aquilo e “cuscar” o que escreve e iria parar a uma página sem nada. Por enquanto vai-se manter, depois... depois logo se vê.

E chega de notícias por hoje que isto já vai longo.
Até amanhã?

Monday, January 15, 2007

AJUDA

Às vezes gostava que fosse possível fazer magia e ajudar quem precisa: neste caso é o pai da Keridalindinha ...

Friday, January 12, 2007

UMA HISTÓRIA…

(Talvez demasiado longa e confusa, tal como a saúde em Macau!)

8:10 – A mamã (portuguesa) chega ao Centro de Saúde (em Macau) com a filha e senta-se na cadeira número um, era a primeira a chegar. Espera pacientemente até às 8:30, quando no altifalante é anunciado, em CHINÊS, que vão distribuir as senhas ou algo do género.
De seguida aparece um enfermeiro e uma enfermeira que pegam no Boletim da criança, verificam algo e dão um termómetro à mamã para por debaixo do braço da criança, sempre sem dizer uma palavra, mas pelo objecto em causa e pelos gestos percebe o que é para fazer.
Até aqui tudo bem. Fazem o mesmo com todas as crianças, principalmente com aquelas que vão levar vacinas, percebeu a mamã depois de observar e de tentar perceber o que diziam.

Continua sentada à espera, não faz ideia por quanto tempo deve deixar o termómetro debaixo do braço (sim, geralmente são 5 minutos, mas nunca se sabe!...) e quando o deve ir (e se deve ir) entregá-lo à enfermeira.
Vai entretendo a filha para que ela se esqueça que tem o termómetro.
O altifalante volta a anunciar algo, em chinês. A mamã não percebeu, não estava atenta e é a senhora que está na cadeira dois que lhe diz que deve ir. Ora, ir onde? Valeu o facto de já lá ter estado antes e de saber que tinha de ir à sala de observação antes de ir à consulta.

Medir o perímetro cefálico, verificar o comprimento (aqui ela já chora), sentá-la na balança para a pesar (aqui além de chorar já treme por todo o lado e está vermelha que nem um tomate). “Ok, wait outside” (Ok, espere lá fora). Era a primeira vez que diziam algo que compreendesse...
Sentou-se novamente na sua cadeira número um e ficou a aguardar enquanto acalmava a filha que só gritava por papel para limpar os olhos cheios de lágrimas e o nariz. A senhora simpática da cadeira dois ofereceu-lhe um lenço de papel. Calçou-a e continuou a aguardar...

O altifalante volta a anunciar algo, novamente em chinês. A mamã, claro não percebeu, não estava atenta e nem à espera que aquele anúncio lhe dissesse respeito. É, novamente, a senhora que está na cadeira dois que lhe diz que deve ir para ver o médico. Já um pouco irritada lá vai a mamã para a sala do médico, que afinal não tem culpa do sistema e diz “Good morning!”, ao qual obtém como resposta uma pergunta em chinês: “Mé meng?”. A mamã decide se deve ignorar ou não e diz “Sorry?” (Desculpe?) ao qual o médico, sempre sem levantar os olhos do papel (ou lá o que era que tinha em cima da secretária) volta a repetir a pergunta: “Mé meng?” Sem paciência e já um pouco irritada, a mamã responde, diz o nome da filha. Ele, então pega na ficha dela, que tem espetado em cima com um clip o número um. Será que não era suposto ter sido o número um a entrar? Por acaso até foi esse o número chamado pelo altifalante, em chinês que realmente a mamã não tinha percebido mas que a senhora número dois tinha tido a simpatia de avisar que era para entrar.

A mamã que só ali está porque é obrigada a ir a uma consulta para a filha poder levar as vacinas e que faz as consultas de rotina no pediatra particular decide não dar importância e informa o médico que está ali para a filha levar as vacinas dos 18 meses.
Ele vê o Boletim da criança de uma ponta à outra e conta os meses, depois diz, desta vez em inglês(!) “1 ano e 7 meses”, enfatizando os 7 meses. A mamã não responde. Ele volta a repetir, novamente com ênfase nos 7 meses e a mamã apenas responde “yes”. Volta a ver o boletim da criança e vê uma consulta marcada para 21/11/2006. Aponta a data e diz “You forgot this one” (Esqueceu-se desta), ao que a mamã lhe responde que a filha tinha febre e que quando a febre passou foi a Portugal de férias, pareceram-lhe explicações a mais e começou a irritar-se, estava quase para lhe dizer que se não lhe ia dar as vacinas que não a fizesse perder tempo e o declarasse por escrito. Respirou fundo.

O médico não disse nada, examinou uns papeis do pediatra particular que a mamã se tinha esquecido de retirar do boletim da criança e que por acaso datavam de 18/11 e era uma receita de Paracetamol e Brufen (até pareciam que estavam lá para confirmar a veracidade da febre...) e voltou-se para o computador onde mostrou à mamã que a filha deveria levar 3 vacinas. A mamã apenas anui com a cabeça. Tentou ver-lhe os dentes mas a gritaria que a criança fez fizeram com que apenas os vislumbrasse quando ela atirou a cabeça para trás a chorar de boca aberta. Auscultou-a à frente e atrás, sempre com ela ao colo da mamã a berrar e a tentar atirar-se ao chão (que pestinha!).

O médico perguntou se ela lavava os dentes e se cuspia a pasta. Disse que ela poderia tomar cálcio que a mamã pensou ser liquido e depois verificou que são tipo pastilhas para por na boca e mastigar. Ainda bem que não foi preciso pagar, não parece que a criança as vá tomar... Receitou igualmente vitaminas e 2 (!) supositórios tipo Benuron para o caso da criança ter febre como reacção às vacinas. Realmente 2 supositórios e a febre vai passar, sem comentários...

Pergunta à mamã se quer dar a vacina da gripe à filha, que por acaso está constipada e a mamã responde que não, porque a filha está constipada. O médico diz que pode dar depois quando a constipação passar e a mamã já a pensar no tempo que teria de perder numa nova consulta e responde que não, não queria dar mais uma injecção à filha.
O médico volta a pegar no Boletim da criança e aponta as vacinas que não fazem parte do plano de vacinação de Macau enquanto refere em tom critico que a mamã não lhe quer dar mais uma vacina mas deu-lhe a da varicela e 3 tipos diferentes de meningite. A mamã responde que em Portugal a meningite mata e que vão muitas vezes a Portugal, ao que ele responde que a gripe também mata mas a mamã já está sem paciência nenhuma e prestes a explodir e diz-lhe que não quer.
Pergunta se quer marcar nova consulta de acompanhamento e a mamã responde que apenas as das vacinas, mas ele diz que agora não há mais (suspiro de alívio da mamã!) e que será apenas aos 6 anos, na escola!

Sai de lá para a sala de observação onde lhe dão os medicamentos que estão na receita e lhe apontam o papel da receita que tem escrito em inglês o modo de tomar os mesmos.
A enfermeira explica em inglês que a criança precisa levar duas injecções, uma em cada braço e umas gotas na boca. Começa-se pelas gotas e ela chora, mas parece que engoliu...
Depois a mamã despe-a e segura-a para a primeira injecção no braço direito e muita luta e muito choro. Mal se acalma segue-se o braço esquerdo.

Depois das vacinas dizem que tem de carimbar na recepção e que depois de aguardar 20 minutos na sala de espera pode ir para casa. Inicialmente pareceu-lhe que teria de aguardar 20 minutos e que depois, sem dizer nada a ninguém, podia ir embora. Volta a perguntar em inglês e a enfermeira lá lhe diz que depois dos 20 minutos deveria ir à sala de observação. Continua sem perceber porquê e pergunta mas não lhe sabem explicar.

O papá entretanto tinha chegado e esperava lá fora porque a mamã disse que era só levar a injecção e ir embora. Enquanto a enfermeira e o enfermeiro discutiam sobre como explicar à mamã que tinha de esperar 20 minutos, a mamã telefonou ao papá para ir ter com ela e tentar perceber o porquê dos 20 minutos. Entretanto, a ter de esperar aquele tempo todo a mamã verifica que chegará atrasada perto de uma hora ao trabalho e que é necessário uma declaração do médico a dizer que esteve no Centro de Saúde todo aquele tempo.

O papá chega e a mamã conta-lhe o que se passa e ele vai perguntar ao enfermeiro (em CHINÊS) o porquê de esperar 20 minutos, mas o enfermeiro não percebe o que ele quer. Os dois a conversar em chinês e não percebe... Entretanto chega a enfermeira (a mamã acha que o enfermeiro é estagiário porque não faz nada, só observa a enfermeira a fazer) e o papá volta a explicar que quer saber porque é preciso esperar 20 minutos e se depois alguém vai ver a criança, dado que a mamã não percebe porque é preciso esperar e eles também não sabem falar com ela e explicar-lhe. Depois de algum mal entendido a enfermeira lá explica que houve uma criança que fez uma reacção muito rápida aquela vacina e por isso agora é preciso esperar para ver a reacção.

Segue-se a confusão de pedir a declaração para apresentar no trabalho e com a enfermeira a perguntar a hora a que chegou a mamã (algo pouco importante, porque se distribuíram as senhas às 8:30 e a mamã já lá estava podiam por essa hora...), depois porque queriam saber até que horas deveriam escrever e se a mamã não sabia a que horas de lá saía como deveria responder a tal pergunta?... A enfermeira decide que é melhor fazer a declaração só quando a mamã for embora (decisão inteligente!).

E com tanta confusão já tinham passado 10 minutos, faltavam mais 10 que passaram rápido e a enfermeira veio pedir a identificação da mãe e da filha para fazer a declaração para o trabalho e só olhou para a criança e a mandou ir para a sala de observação porque o papá perguntou (em chinês) se não era preciso observar a criança...
Criança observada, nada a assinalar, Benuron se tiver febre, gelo nos braços doridos... A mamã saiu de lá às 9:40.

A mamã chegou atrasada ao trabalho uma hora que terá de ficar a compensar ao final do dia. E foi a primeira a ser atendida, imaginem se não tivesse sido!

Esta história é verídica e passou-se esta manhã no Centro de Saúde da Taipa, Macau, China.

Adenda: Ainda sem tempo mas não podia deixar de registar esta história...
Para a semana vou começar a aparecer por aqui mais vezes.

Wednesday, January 10, 2007

Que é o Amor - O Livro!!!



Participei num projecto muito interessante que se materializou num livro.

O texto abaixo foi retirado do blog Que é o Amor - blogue do Livro

Este pequeno livro surgiu de um desafio que fizemos aos autores de blogues, para deixarem um texto que respondesse a esta pergunta: “Que é o amor?”. Por ser um livro de bolso, só podíamos aceitar os primeiros 58 textos. Num ápice apareceram os autores e os textos. Foi um “passa palavra” impressionante. Ainda bem que assim foi. Após termos recebido todos os textos, criámos este blogue, específico para este projecto, o “Que é o amor? – o blogue do livro”. Não sabemos se existe outra experiência similar no mundo dos blogues, com tantos autores em simultâneo, a colaborarem num só projecto. Mas esta iniciativa tem sido uma bela aventura, muito gratificante.

A informação sobre o livro já está disponível no nosso site Editora Anjo Dourado.

Já aceitamos encomendas pelo site,mas só poderemos atender os pedidos, a partir de 1 de Fevereiro.

Preço de venda ao público, já com IVA - 5,50 euros.

Formato: 10,5 x 14,5 cms.
64 páginas.

Tuesday, January 02, 2007

DE VOLTA!

A todos os votos de um bom 2007!

Estou de volta a Macau.
Cheguei a casa faltavam 15 minutos para a meia-noite, 15 minutos para entrar em 2007, hora local, é claro (mais 8 horas que em Portugal)

A viagem correu bem, as férias foram curtas e cansativas e confirmaram o que eu já pensava do Natal em portugal, muito consumismo e pouco espírito natalício. O meu boneco adorou e isso valeu a pena.

Estou de volta e com muito, muito trabalho.

Ainda não mudei de morada, não tenho tempo para nada e o jetlag, principalmente da amorinha ainda me retira a pouca paciência.

Voltarei assim que tudo voltar à rotina, até lá muito obrigada aos que continuam a passar por cá e a deixar uma palavrinha. Penso em vocês muitas vezes e tenho pena de não ter o tempo que desejava para vos ir deixar uma palavrinha.

Muitos beijinhos a todos!