Tuesday, February 24, 2009

14 ANOS

Imagem daqui


Muita hesitação
Muita indecisão
Muitas dúvidas
Muitas perguntas
Sem resposta
Sem retorno
Uma aposta
O acordar de um sonho?
Jovem, ingénua
Abandona o conhecido
Entrega-se nua
Nas mãos do desconhecido
Enterra a cabeça
Assenta os pés
Ouve a sentença
Sem saber quem és
Uma terra que não é sua
Uma língua diferente
Perde-se na rua
Não sabe o que sente
Amor?
Terror?
Pavor?
Tudo lhe passa pela mente
Mente
E a todos diz
Que é feliz
Outras vidas
Num país distante
Parecem esquecidas
No tempo estanque
Mas o mundo avança
O tempo passa
São 14 anos
De ressaca
Desta vida diferente
Que não se explica
Apenas se vive
E se sente
E, começo a duvidar
Se um dia irei voltar…

Escrito a 24.02.2009

Tuesday, February 17, 2009

PERDIDA

Perdi-me na multidão
No meio da solidão
Caminhei na escuridão
Até perder a razão
Deambulei sem direcção
Ao sabor da imaginação
Perdida no pensamento
Ao sabor do vento
Daquele momento
Naquele tormento
Não sei por onde andei
Sei que caminhei
No ar
Pelo mar
E que me perdi
De mim
De ti
Num mundo sem fim
Completamente perdida
Ao sabor da vida
A perder a corrida
Cada vez mais esquecida
No tempo, no espaço…
Foi no calor do teu abraço
Que me reencontrei
Que fechei os olhos
E acordei.

Escrito em 2009/02/15

Imagem daqui

Thursday, February 12, 2009

ADORMECER



Todos os dias, o ritual do adormecer inclui o “coça-coça”. O papá faz festinhas nas costas do filho e eu faço nas costas da filha. Antes da filha nascer, eu fazia ao filho e não tinha paciência porque ele se mexia muito, tinha sempre coisas para contar, estava sempre a ajeitar-se na cama e nunca mais adormecia. Quase todas as noites ralhava com ele para estar quieto e dormir que eu tinha coisas para fazer. Não o deixava contar o que queria contar e ele acabava muitas vezes por chorar porque eu ralhava com ele.

Com a amorinha é igual, embora se mexa menos que o mano, também se ajeita e tem coisas para contar. Antes eu ralhava com ela, mas ela é mais sensível que o mano e bastava eu dizer o nome dela de modo mais duro que o normal que começava logo a chorar, com lágrimas a escorrer pela face a dizer “tu zangaste comigo” e eu comecei a pensar, realmente porquê zangar com eles por algo tão insignificante? Porque não ficar mais um pouco com eles? Porque este tempo é especial, é de mimo e é tão nosso. E eles crescem tão, tão rápido que o melhor é aproveitar, porque um dia vão dizer que não preciso ficar e nesse dia vou ficar triste.
A roupa para preparar para o próximo dia, o pequeno-almoço do dia seguinte, a cozinha, a mochila da escola, pode esperar, pode ser preparado, arranjado, arrumado mais tarde porque aquele mimo enche-me de felicidade, dá-me paz e tranquilidade e enche-me o coração. E, depois deles adormecerem, ainda fico uns minutos a fazer-lhes festinhas e a mimá-los. E sabe-me tão bem.
E, porque os amo acima de tudo, para eles tenho “todo o tempo do mundo!”

Wednesday, February 11, 2009

SEM TITULO

Queria pintar uma tela
Desenhar uma estrela
Bem amarela
Escrever teu nome nela
E ficar a vê-la
A brilhar
Sempre
A iluminar
Presente


Escrito em 2008.01.21

Wednesday, February 04, 2009

UMA AMOSTRA DAS FÉRIAS


Da esquerda para a direita e de cima para baixo:
Pattaya: Mini golfe
Banguecoque: Grand Palace
Pattaya (hotel): Boneco a nadar
Pattaya (hotel): Dança do leão pelo ano novo chinês
Pattaya: Dentro do submarino
Banguecoque: Grand Palace
Pattaya (hotel): Piscina de areia
Banguecoque: Grand Palace - pormenor
Táxi: a caminho de Pattaya
Pattaya (hotel): Amorinha a nadar
Pattaya: Boneco a jogar bowling
Pattaya: Hotel à noite
Banguecoque: Grand Palace - pormenor
Pattaya (hotel): Amorinha a nadar
Pattaya (hotel): Boneco a mergulhar
Pattaya: Submarino
Posted by Picasa

Monday, February 02, 2009

KUNG HEI FAT CHOI!

Bom Ano do Búfalo!
Um novo ano lunar começou.
As férias acabaram e tudo regressa ao normal.

O check up mostrou que tudo está bem, uns “ajustes” aqui e ali, nada de mais.
O único problema já cá estava e eu já sabia, foi apenas para verificar. O pólipo (?) que tenho no peito aumentou de tamanho mas continua sem doer. Tenho de falar com a minha médica em Portugal nas férias.

Para não variar e continuar com o “enguiço” voltei a ter febre em Banguecoque (nada a fazer tenho sempre!) com a agravante desta vez (para não quebrar a tradição) de ter esperado tantas horas para fazer o check up sem comer que fiquei doente e fui parar às urgências. Nada que umas injecções na veia não resolvam (e deixem umas dores nos ossos até hoje!). É que, para além de mim, mais meio mundo decidiu ir fazer check up naquele hospital naquele dia, incluindo várias pessoas de Macau que vi por lá.

No domingo estava (quase) como nova e seguimos para Pattaya, tudo igual como no Natal…
A ideia original era ir até Hua Hin, mas o preço dos hotéis (quase o dobro de Pattaya), a distância de Bangkok (3 horas de carro, Pattaya fica a 1h30 ~ 2h) e o pedido muito insistente (diário/ horário?) do meu boneco para voltarmos ao Hard Rock ajudou na decisão de voltarmos ao mesmo sítio.
Não mudei de opinião, continuo a não gostar de Pattaya, mas quase não saímos do hotel, tirando umas idas ao supermercado, bowling e mini golfe, além de uma viagem de submarino (chique, hein?), valeu pela experiência e pela excitação do meu filho e principalmente da minha filha. Eu fiquei com a sensação de estar num aquário…
Bom tempo (muito melhor e mais quente que no Natal), pessoal simpático que se lembrava de nós e ficou feliz por nos rever, muito tempo para apanhar sol, ler e brincar com os filhotes, filho que adorou as actividades e conseguiu mais duas medalhas e “desaparecia” por lá a brincar, até a filha estava à vontade para ir com o mano e ficar algum tempo sem aparecer junto de nós. Jantámos muitas vezes como se fossemos só dois e é uma sensação estranha a que já não estamos habituados :)
Terminou com o pedido do meu boneco para lá voltarmos no Natal. Não sei, não me apetece muito, mas quem sabe… Talvez?

O Mundo é feito de coincidências

Um caminho onde não costumamos passar, muito menos ao fim de semana.
Sair de um lanche/almoço/jantar depois das cinco da tarde para ir comprar jantar para os miúdos.
Espreitar pela janela do carro parado no semáforo e reconhecer uns cabelos louros esvoaçantes… o pensamento: “Será?”
De Macau para Portugal, há uns anos. No início o contacto foi-se mantendo. Com o passar dos anos foi escasseando e depois cessou, culpa minha que com os problemas com a minha avó desliguei do mundo. Já me tinha lembrado o que seria feito dela. Ontem tive a resposta.
Em Macau de férias, a viver no Paquistão. O marido trabalha na embaixada. Quem diria?
As voltas que a vida dá. FOI bom encontrá-la. Encontrá-los. Estão iguais.
Fica da minha parte a vontade de conhecer o Paquistão. Quem sabe?