Friday, March 30, 2007

17 ANOS


17 anos de um bonito namoro
Queria escrever algo especial
Dizer-te o quanto te adoro
Mas isto anda mal
E falta a inspiração
Neste meu coração
Recordo o dia que te conheci
Os nossos tempos de estudante
A primeira vez que te vi
E o teu sorriso aconchegante
A carícia da tua mão
Numa noite escura
Que me aqueceu o coração
E tornou a vida menos dura
Recordo lágrimas de tristeza
E o ombro amigo
E a sensação de leveza
Depois de estar contigo
Recordo a minha resistência
E a tua insistência
O “empurrão” dos amigos
Os meus sentimentos feridos
O meu medo
A minha hesitação
Mas em segredo
Entregava-te o meu coração
Recordo o primeiro beijo
O desejo
A primeira vez
A timidez
A alegria
Aquele dia
Tão diferentes
Tão iguais
Corpos quentes
Vibrantes
Escaldantes
Ardentes
Cada vez mais
Recordo as nossas viagens
As nossas paragens
A hesitação
A certeza
A separação
A tristeza
A dor da distância
A voz da razão
A relutância em partir
“Largar tudo e fugir”
O medo
Do desconhecido
O segredo
Vivido
O reencontro breve e doce
A felicidade que trouxe
As dúvidas e incertezas
Alegrias e tristezas
A tua partida
Eu continuei a minha vida
O coração triste
A saudade que não resiste
A decisão de me juntar a ti
De partir à aventura
Hoje, aqui
Ainda parece loucura
17 anos de namoro
17 anos em que te adoro
17 anos de tantas experiências
De tantas vivências
Da concretização do amor
Materializado
Em dois seres lindos
Qual deles o mais amado!


NOTA: 17 anos no dia 31.03.2007

Thursday, March 29, 2007

As nossas manhãs

Mais um post longo para eu mais tarde recordar, afinal o blog é para isso mesmo, não é?

De manhã ela costuma acordar primeiro, levanta-se e é agarrada à grade da cama que me chama: “Mã! Mamã!” e eu levanto-me para a tirar da cama enquanto o papá vai preparar o leitinho e eu lhe mudo a fralda “Pfuuu!”

Bebe o leitinho. Mal acaba diz “Uz! Uz!” para que eu abra as cortinas e deixe que a luz da manhã inunde o quarto. Ainda a abrir a cortina ela grita “Pooh” para que desligue a luz de presença que consiste num candeeiro do Pooh. Logo de seguida grita “Ússinho!!!” e eu desligo a luz do urso do intercomunicador da Chicco. É sempre assim, não porque eu o faça sempre assim, mas porque ela GRITA sempre assim e eu faço tudo para a calar que ela está cheia de energia e eu estou a dormir...

Dispo-lhe as calças do pijama e ela começa a gritar “Mêiá!”, adora meias...
Visto-lhe as calças e ela continua a gritar “Mêiá!”, pelo que lhe calço as meias.
De seguida novo grito: “Papátu! Papátu!” e eu calço-lhe os sapatos. Está pronta da cintura para baixo, sem grande alarido.

Sento-a e tiro o body ou a camisola do pijama (ou os dois) e ela não reclama, às vezes comenta “riscas” quando o body é às riscas. Depois de estar despida começa a gritar “Upa! Upa!”, quer ir para o chão e como não deixo por estar despida começa a choramingar mas num tom relativamente elevado.

Enfio a cabeça na t-shirt e peço a mão esquerda, a mão direita. Se estiver bem disposta repete “mão quêda, mão dieita” senão continua a escorregar pela minha cama abaixo enquanto lhe enfio a mão esquerda e depois a direita (ou ao contrário) e penso que bom que agora está calor e não há mais nada para vestir.

Depois vamos até ao quarto do mano. Ele está na cama, muitas vezes a dormir. A mana entra com grande estardalhaço e vai até junto à cama dele, olha-me, sorri e diz “mano, sonho (sono)”. Um amor.
O mano abre os olhos e espreguiça-se. Vou com ele à casa de banho, ele volta para o quarto e eu vou preparar o leitinho. Ela fica no quarto dele a brincar com a “keleta”(bicicleta).

O mano bebe o leitinho enquanto eu me despacho e a mana anda atrás de mim. Lavo-lhe a cara e ela vai limpar na toalha dela. Depois pega no “pentheia” e tenta pentear-se mesmo que já lhe tenha posto os ganchos que têm de ser sempre os do “Pooh”.
Entretanto ainda me pede os “bóios” (combóios do Thomas que ela adora) e se lhe digo para ir lá fora (entenda-se à sala) procurá-los vai-me buscar pela mão.

Volto ao quarto do mano para vesti-lo e mesmo sendo uniforme ele resmunga sempre que no dia da ginástica queria o outro e vice versa....
Ela continua atrás de mim, ora no pequeno triciclo ora a pé, sempre a falar alguma coisa ou a cantar “tai xai quá, mh xiu xam, ai, ai, ai, man mámá, tim shuna” (uma música chinesa que aprendeu na creche e que o mano também adorava).

Mano vestido, lavar cara, dentes e pentear. Enquanto lavo os dentes ao mano ela pendura-se nas minhas pernas e vai gritando “cóuo!cóuinho!” e aumentando de tom porque lhe digo que lhe pego ao colo assim que acabar de despachar o mano.

Pego-lhe ao colo e dou-lhe a escova de dentes, inclina-se para cima do lavatório, quer pasta de dentes dos “Kás” (Cars, o filme dos Carros). Ponho-lhe só um niquinho e ela agarra na escova e leva à boca, faz cara feia e diz “blhák!”. Dá-me a escova e tento lavar-lhe os dentes pois ela vai mordendo a escova ou então fecha a boca e começa a escorregar por mim abaixo até que a coloco no chão.

Na sala ponho repelente dos mosquitos ao mano e ela vai-se por ao lado dele e lavanta as saias ou as calças para que também lhe ponha. Tem de ser nas pernas dela, não pode ser nas calças que ela refila!

Vai buscar-me os “Papátus” e se lhe digo que ainda não tenho “mêiá” ela procura-as. A seguir corre para o tapete de ABC dela que está na sala para pousar os “bóios” (4) ou o “cáio” (carro) e começa a gritar “Zazáco!” e se a tento convencer que não é preciso grita ainda mais alto. Visto-lhe um blusão de ganga e ela vai para a porta e começa a dizer “anha, vamos, bóia” (anda, vamos, bora – uma cópia do que eu costumo dizer).

O papá, que costuma preparar os leitinhos e a marmita com o almoço do boneco, também já está pronto e o mano abre a porta. Saem os dois para o corredor a gritar “Aaaaahhhhh”
O mano chama o elevador, ela vem buscar-me pela mão que eu costumo ser sempre a última a sair para fechar a porta e por vezes volto atrás para ir buscar algo que me esqueci, a “finha” (fraldinha – de pano) dela para dormir a sesta, por exemplo.

Chegados ao rés do chão o mano sai a correr do elevador com a mana atrás, mas esta perde-se a olhar para as pessoas que estiverem no hall. Saímos para a garagem e ela pede-me “cóuo”. Agarro nela, muitas vezes nem sei como pois tenho a minha mala, a mochila dela e as minhas coisas para a ginástica. Às vezes a meio caminho (uns 10 metros?) pede-me “upa” para ir para o chão e diz-me “aquíííí” para ir pelo mesmo caminho que ela.

Chegados ao carro pego nela para a sentar na cadeira e ela diz “tuca”. Peço-lhe as mãos para enfiar no cinto da cadeira e ela diz “põe mão, ôta” ou então “um, dôx, já stá”.
Enquanto me sento grita “Zica” (música) e ponho o CD das Músicas da Carochinha, volume 2 e ela vai cantando as músicas. Tem de ser aquele CD e ela já sabe a sequência das músicas e algumas canta parte delas a plenos pulmões, como a “MÁIA! .....MÁIA! ....MÁIA!” (Abelha Maia) ou o “Kiku, kiku” (Música da Heidi?) e também o “Aia, aia, i-ó, olá, rrr, rrr, glu, glu, ú-ú” (Fui visitar minha tia a Marrocos?)
O mano por vezes reclama que ela faz muito barulho (e é verdade).

Pelo meio da cantoria ainda vai dizendo “’É bi” (É bonito), “fô” (flor), “áble” (árvore), “É bi, cáuo” (É bonito, o carro), “É piu piu”, “Mano, “não há”(quando acaba cada umas das músicas do CD) e muito mais num não acabar de coisas para dizer. E ri e bate palmas gritando “hou yé” (mesmo à chinesa!).

Deixamos o mano na escola. Se não estivermos atrasados entro com ela e ela brinca no “piu, piu”, no “pátú” e no “pôco” (uns bonecos para sentar em cima que balançam).
Quando se ouve o apito o mano (e os outros) corre a formar fila por ordem alfabética, cada turma junto do seu professor, Vou com a mana dar um beijinho ao mano e ela diz “bye, bye, mano! Té logo!”.

Voltamos ao carro, sento-a e ela vai perguntando: “mano?” e eu digo-lhe que o mano fica na escola e que agora ela vai para a creche. Continua a cantar a plenos pulmões e se estiver calada é porque o sono a atacou e está meio zonza.

Chegados à creche ela já não canta, já não fala e não quer ir pelo próprio pé.
Levo-a ao colo e vou-lhe dando beijinhos.
A auxiliar chama-a pelo nome e ela corre para ela, volta-se para me olhar enquanto lhe digo adeus. Ela não reage e apenas me olha, mas sei que fica bem. E eu vou trabalhar.

Wednesday, March 28, 2007

CONTANDO...

Um
Dôs
Tês
Káto (às vezes)
Xinco
Xês
Xete (raramente)
Ôto
Nóv (Quase sempre se esquece)
DÉX (muito contente!)

Tuesday, March 27, 2007

PREVISIVEL

Ontem, cerca das 19:30 chego a casa depois da aula de Pilates.
Ela está a jantar.
Abro a porta, enquanto o mano vem ter comigo, ela olha-me e exclama: “Banho!!!”
Pois, era exactamente isso que eu ia dizer (e é exactamente o que eu costumo dizer quando chego a casa aquela hora...)
Tão gira!

Monday, March 26, 2007

BIRRAS



Está oficialmente aberta a época das birras!...
Ou chegaram os "terrible two" um pouco mais cedo. (Bem..., ela começou a fazer grandes birras daquelas de se atirar para o chão há mais ou menos um ano, agora só piorou...)
Ou começaram as birras por tudo e por nada.
Ou a rapariga tem uma personalidade forte...
Enfim, é um doce a minha amorinha!
"I vov iu"

Friday, March 23, 2007

HORA DE DEITAR

(Post longo para eu me lembrar. Podem saltar, desejo a todos um bom fim de semana!)

Hora de deitar, começa o espectáculo.
O mano tem de ir ao mesmo tempo que ela senão nada feito, não vai, recusa-se a ir.
Do ritual faz parte o leitinho.
Primeiro para ele bem quente
Depois para ela morno, quase frio senão vem a reclamação num tom ligeiramente elevado “quenque!”
O mano deita-se na cama dele a beber o leitinho
Ainda com a “roupa de trazer por casa” e de fraldinha de pano na mão, a companheira de todas as noites, SEMPRE.

Ela brinca no quarto do mano, por vezes com o biberão de leite debaixo do braço, outras pousa-o na mesa do mano.
A seguir ao leitinho, o boneco escolhe o livro que vamos ler e a mana vai também “escolher” (leia-se desarrumar) um livro, ou dois, ou três...
Acabada a história é tempo de xixi, lavar dentinhos e deitar.
Luz de presença ligada (indispensável!), boneco na cama, dou-lhe um beijinho e faço-lhe umas cócegas.
Sussuro-lhe ao ouvido: “Amo-te muito”
“Amo-te mais, e mais, e mais!” é o que obtenho de resposta já com a mana a puxar-me por um braço.
O papá fica a fazer festinhas nas costas do boneco, que ele adora, eu vou mudar a fralda à mana.

Enquanto mudo a fralda digo-lhe para tirar as meias (daquelas com bolinhas de plástico na sola anti derrapantes), dou-lhe beijinhos nos pés. Ela ri-se. Às vezes vai bebendo o leite, outras dá-me “põe!!!”, para por na mesa de cabeceira.
Ponho-lhe o pijama, ela pega na fralda suja e vai por no lixo da casa de banho do meu quarto. Depois vai ligar a luz de presença e o intercomunicador.
Pede-me colo para desligar a luz do tecto, de seguida apanha a fraldinha de pano que está na cama dela.

Sento-me na minha cama e dou-lhe o leitinho, eu seguro o biberão, ela não o quer segurar, ela segura os cantos da fralda de pano e às vezes o Noddy “que ri” que dorme com ela.
Depois do leitinho sento-a no meu colo e faço-lhe festinhas nas costas para que arrote. Nem sempre resulta e ultimamente nem quer...
Depois tenho de começar a convencê-la que está na hora de ir para a cama dela...
Hora de começar o espectáculo...

Choraminga e abraça-se mais a mim, num miminho que adoro mas continuo a conversar com ela que tem de fazer ó-ó na cama dela que eu preciso de arrumar as coisas, ou que fico ali na minha cama até ela adormecer, mas o chorinho continua num ahn ahn baixinho a fazer caretas, mas sem lágrimas, apenas uma lamúria... Mais um abraço um “I love you” e um “Ai vov iu” com um sorriso, um tapar-me a cara com a fraldinha de pano numa tentativa que brinque com ela (e aqui eu vejo quanto o meu tempo com ela, com eles é pouco). Às vezes brinco, outras digo que já ;e tarde e precisa dormir. O resultado é o mesmo: quando a vou colocar na cama levanta-se num salto, choraminga, pede “cóuinho” que às vezes tem, outras não, depende da hora.

Mais um beijinho na testa enquanto lhe digo que gosto muito dela, mas são horas de dormir e a mamã precisa de arrumar as coisas, lavar o biberão dela. Olha-me e lamuria-se, diz “xucho” apontando o biberão. Isto acontece entre as 21:00 e as 21:20.
Saio do quarto e ela choraminga, depois cala-se. Ao fim de uns 5 minutos (afinal já deu tempo de lavar o biberão, não?!) começa a chamar: “mámy!”, primeiro baixinho, depois começa a subir o tom e se não chego lá em menos de 5 minutos está a gritar a plenos pulmões. O mano dorme, cansado da brincadeira.
Vou lá e ralho com ela, “Ai, ai, ai, não faz barulho, o mano está a fazer ó-ó!”. Cala-se enquanto falo, olha-me e sorri (vitoriosa?). Mal acabo de falar e ela grita “Mano, sonho (sono)!”. Faço “shiu” e ela choraminga.

Está de pé agarrada às grades e salta, pisa o Noddy que ou toca como se fosse um telefone, ou ri umas gargalhadas que acho ridículas (Ah, ahah, ahahah) mas que ela adora. Digo-lhe para se deitar e começo a preparar a roupa dela para o dia seguinte (e muitas vezes a minha). Ela deita-se a choramingar e pede “cóuinho”. Se lhe dou “cóuinho” ela enrosca-se a mim e fica quieta uns dois minutos (tanto?), depois começam as lições de anatomia “oio”enquanto me espeta o indicador no olho, “trimm, naniz” e carrega-me o nariz, “bôca” e enfia-me o dedo na boca para me tocar no “denti” e não pára de dizer “línga” até que lhe mostre a língua.
Depois bate na “tonta” (cabeça) dela e na minha de seguida, e fala no “belo” (cabelo) e procura o “ancho” enquanto lhe digo que para dormir não pode ter ganchos. Sorri e enfia-me o dedo nos ouvidos dizendo “lholhelhas” (orelhas).

Começo a ficar cansada e dou-lhe um beijinho na testa enquanto lhe digo “faz ó-ó, a mamã põe a menina na cama da menina para fazer ó-ó”. Acaba-se a boa disposição e lamuria-se. Pede “cóuinho” mas não volto mais atrás, muitas vezes consegue o primeiro colo porque tenho medo que vomite se a deixar chorar e se ela é perita em provocar o vómito!

Como não cedo começa a gritar, a fingir que chora. Digo que preciso ir “lá fora” (entenda-se fora do quarto) e ela lamuria-se ainda mais alto. Estou cansada e sem paciência e prefiro deixá-la. Ao fim de uns minutos ouço-a a cantar em altos berros e não percebo como o mano consegue dormir. Canta, bate palmas, grita “mámy!!!” e salta. Tenho vontade de “atirá-la pela janela” e vou lá ralhar com ela. Só penso “se o mano acorda...”

Digo-lhe para se deitar, ela continua de pé, apenas parou de saltar, a cama parece que foi atingida por um tornado. Ajeito a cama, enquanto ela me olha, volto a mandá-la deitar. Ela não parece ter muita vontade de o fazer. Parto para a chantagem e digo-lhe que vou “para fora”, ela grita “Não!” e eu digo “então a menina deita-se e a mamã fica”. Ela deita-se e eu fico na minha cama a tentar ler alguma coisa com a fraca luz de presença.
Começa a falar e depois a cantar. Ralho com ela, que me vou embora e levo o Noddy. “não!!!”, cala-se dois minutos, ouço-a às voltas na cama mas não olho para que não ache que quero brincadeira. “Ai, ai, ai” resmunga ela e eu sei que atirou a toalha dela para o chão. Apanho a toalha, ajeito a roupa da cama enquanto os seus olhos bem abertos me olham desafiadores, parece-me. Canta, mais uma vez a ameaça que vou embora...

De repente cala-se e ouço a respiração mais pesada, penso que está quase a adormecer, mas um minuto depois está a gritar “pápel!!!”, dou-lhe um lenço de papel para limpar o nariz, sem lhe dizer nada. Ela limpa o nariz e esfrega os olhos. O sono ameaça vencê-la...Volto a deitar-me. Ela continua às voltas, por vezes diz algo num tom que já não percebo. Mais de uma hora e meia(!!!) depois é finalmente vencida.
E eu estou tão irritada que me passou o sono e o cansaço!

Thursday, March 22, 2007

SONO


Vou ao jardim com o meu boneco
A mana estava a dormir a sesta e o papá ficou com ela
Sento-me a vê-lo brincar, tão feliz e cheio de energia
Perco-me nos meus pensamentos
E acordo com o meu boneco a perguntar-me: “Mamã, estás a dormir?”
Nota-se muito o cansaço?
Começo a ficar preocupada...

Wednesday, March 21, 2007

SOLIDARIEDADE


Vi no blog da Cloinca e queria ajudar a divulgar.

Visitem o site da Angel

"Olá, Sou a Angel, tenho 34 anos, 2 filhos lindos, um marido maravilhoso e uma familia felina sem a qual ja não vivo.
Infelizmente devido a uma doença rara e incurável estou acamada ha mais de 3 anos...
Vivo um dia de cada vez e cada amanhecer é para mim uma nova victoria!..
Devido à minha reforma ser uma miséria que nem para os medicamentos dá, e o meu marido que também é deficiente de uma perna, ter um ordenado muito baixo, temos tido uma vida com muitas dificuldades.
Neste momento atravessamos uma grave crise e posso dizer-vos que os meus filhos estão privados de muitas coisas e a passarem necessidades... o que custa e dói muito...
Como não posso trabalhar fora resolvi iniciar-me no Artesanato. Até agora nao tenho tido sorte nenhuma... Iniciei agora uma nova tecnica, a de Decoupage e venho aqui divulgar e mostrar os meus novos trabalhos.
Venho também pedir-vos que me ajudem neste momento tão dificil das nossas vidas, divulgando e comprando os nossos trabalhos...
Quero tb agradecer a algumas pessoas que neste momento me têm ajudado e graças a elas os meus filhos este mês já vão ter o que comer... Obrigado Ana Jesus... Obrigado Duda... Obrigado Ana C.... Obrigado Guida... Obrigado Ana Teixeira e familia... Obg Ana Dinis... Obg Catarina... Obg Cristina Rino... Obg Maria Conceição... Obg Sandra Regina... Obg a todas as outras pessoas que surgiram através de todas estas...não tenho palavras para vos agradecer...
Espero que gostem dos novos trabalhos e que nos ajudem comprando e divulgando!
Um beijo nas vossas Almas, com muito carinho, gratidão e muita Luz,
Angel e familia"

Tuesday, March 20, 2007

HÓQUEI EM PATINS

Imagem retirada da net

Num passeio ao Jardim das Flores, viu uma menina a andar de patins e pediu uns patins.
A mamã não sabe patinar, o papá sabe.
A mamã achou boa ideia ele aprender hóquei em patins, o papá não gostou da ideia.
Ele queria ensiná-lo a andar de patins.
A mamã falou com o treinador de hóquei em patins porque o boneco só tem 4 anos e em teoria só pode começar a aprender hóquei aos 6 anos (não me perguntem porquê pois sei que em Portugal também começam pequeninos...).

O treinador é muito simpático e disse para comprar os patins. Desde que tivesse patins podia ir aprender, primeiro a patinar, depois hóquei.
Em Macau é impossível comprar patins e fomos à China onde encontrámos uns patins que desenrascavam mas não eram o ideal.
E em finais de Outubro o meu boneco começou a ir aos treinos de hóquei, porque a mamã convenceu o papá que ele não tinha tempo para ensinar o boneco e que o hóquei era giro. Pouco convencido, mas vencido e o boneco foi.

No primeiro dia andou agarrado ao corrimão, a tentar equilibrar-se. No segundo dia já foi largando o corrimão, muito a medo mas com muita força de vontade.
No terceiro dia sem corrimão e muito devagarinho sempre a tentar equilibrar-se.
No quarto dia já nem se lembrava do corrimão e não queria que os outros (mais experientes) andassem mais rápido que ele.

Há duas semanas (10/03) pegou pela primeira vez no Stick (o “pau” como ele dizia, o mesmo que ele dizia que não gostava e sentiu-se importante).

No sábado passado (17/03) chegaram uns patins “como deve ser” vindos de Portugal, patins próprios para hóquei em patins, número 33 (o boneco calça 29) que não são nada baratos (€170.00), fazer desporto é caro!!! Nós fomos buscar os patins e seguimos para o hóquei com mais 3 pares de meias grossas no saco de desporto.

Depois tirámos “um curso” sobre apertar patins. Apertar bem para ficar justo ao pé, dar um nó só, mas o atacador passa duas vezes, vai atrás e cruza, mas não aperta que os atacadores vão passar por dentro da parte que vai para trás e aí puxar para baixo para cruzar por baixo do patim, voltar acima e cruzar mais duas vezes por baixo dos patins e por fim vir acima e atar, sendo que no primeiro nó o atacador volta a passar duas vezes, depois fazer o laço e dar um nó em cima para que não se soltem... E eu não garanto que no próximo sábado ainda me lembre disto... (e os patins têm uns atacadores mesmo muito compridos!!!)

Estes rolam muito melhor que os outros e ele teve uma ligeira dificuldade em equilibrar-se inicialmente mas depois adaptou-se e o stick ajudou ao equilíbrio.
Realizou o primeiro jogo treino de hóquei, com uma bola de ténis e estava feliz, muito feliz. Porque o treinador disse que ele passou a bola aos colegas da equipa dele (e às vezes aos da outra equipa mas isso não interessa nada...).

É canhoto a segurar o stick, mesmo sendo dextro a escrever, mas às vezes muda o stick de mão e o treinador diz que é bom ele saber jogar com as duas mãos e que pode estar só a experimentar qual é que lhe dá mais jeito. Eu, o papá e a mana a assistir na bancada do pavilhão. A mana é a maior fã e grita “mano” de vez em quando. Sozinha enche o pavilhão com a sua admiração pelo mano. Quando ela crescer também a vou por no hóquei. O papá concorda. E aposto que com o mano lá ela vai querer ir.

Os treinos são aos sábados, uma vez por semana, um bocadinho tarde (agora das 19:30 às 20:30), mas como é uma brincadeira o meu boneco adora e parece que chega a casa cheio de energia e fala sobre as partes favoritas, esta semana o jogo. No sábado passado caiu, caíram vários, em cima uns dos outros e receei que começasse a chorar, mas ele levantou-se e continuou. Está a crescer o meu menino e a ganhar asas... e adora o seu hóquei. Nunca fiquei tão feliz por ter insistido tanto com o papá.

Monday, March 19, 2007

DIA DO PAI EM PORTUGAL



Hoje é dia do pai em Portugal e, para mim, o que conta, mas nunca será este o celebrado pelos meus filhos, uma vez que o dia do pai em Macau (e internacional) se celebra a 15 de Junho.
Não há prendinhas, mas há o mimo de sempre!
Um beijinho do boneco e da amorinha ao papá deles, para eles o melhor do mundo!

Friday, March 16, 2007

Bom fim de semana!

A reunião correu bem.
Ele está um pouco mais avançado que muitos dos outros meninos da idade dele (a escola anterior era muito mais exigente em termos de estudo).
Como ela se apercebeu disso tem-lhe dado coisas extra, como umas pedrinhas para ele fazer combinações de modo a que a soma dê 10, o que ele faz muito fácil e rápidamente. Gosta muito de números (well, it runs in the family... a mamã e o papá também gostam muito de números).
Já reconhece muitas palavras que vê escritas e já lê partes de frases, mas se a palavra for muito comprida ou diferente do que está a ver não sabe (respondi-te, Sorrisos?). Ainda não é suposto saber ler, apenas reconhecer algumas palavras, mas ele já lê algumas frases completas, “culpa” do seu interesse e do apoio da mamã (só em inglês para não baralhar, quando souber em inglês segue-se o português).
Sabe perfeitamente qual a letra com que começa determinada palavra e a professora acha que ele escreve e pinta muito bem, mas na escrita nós não concordamos pois ele antes escrevia melhor, mas lá chegará novamente.
Adora cozinhar com a turma e a professora, assim como plantar o pequeno espaço do jardim, e são estas actividades que dão contacto com a vida real que eu acho interessantes nesta escola.
Nós apenas reclamámos dos 20 minutos disponíveis para uma criança de 4 anos almoçar e a professora sugeriu reclamação ao director. Vamos fazê-lo pois muitas das vezes ele não almoça. Entre começar a comer, falar com os amiguinhos e brincar à mesa não tem tempo para comer.
E, porque me acusam de escrever posts muito grandes, chega.
Bom fim de semana!

Thursday, March 15, 2007

REUNIÃO DE PAIS

Esta noite há reunião de pais na escola do meu boneco.
Mas as reuniões de pais na escola dele não são como eu achava que era uma reunião de pais.
Esta reunião é entre mim, o papá e a professora do meu boneco e tem uma duração de 15 minutos.
Não estão presentes os pais dos outros alunos nem se trocam impressões entre os pais dos alunos e a professora. É tudo mais personalizado, por assim dizer.
Como tudo tem vantagens e desvantagens.
A vantagem principal para mim que trabalho é poder escolher que seja ao fim do dia uma vez que amanhã não há aulas para a realização destas reuniões individuais com os pais, mas a minha é hoje.
Outra vantagem é falar-se do que o meu boneco tem dificuldade em perceber e a professora dar ideias de como melhorar.
Mas eu continuo a achar que me faz falta conhecer os pais dos outros miúdos, ouvir as ideias deles de como melhorar tudo em geral. Ou talvez eu apenas tenha sido habituada ao outro tipo de reunião.
Uma coisa é certa: no "report card" (boletim de avaliação?) a professora e a professora de mandarim afirmam que ele está a melhorar a parte de chorar sempre que qualquer coisa não lhe corre bem.
Vamos ver que mais tem a professora a dizer.

Wednesday, March 14, 2007

Para ti...

Conheci-te
Um dia normal
Aos outros igual
Tu eras mais um
Tinha ouvido o zum-zum
Mais um rapaz
Mais um colega
E o que isso traz?
O que isso me alegra?
Mais um...
Não reparei em ti
Quase nem te vi
Estava ocupada
Não me interessavas nada
Não me vinhas ajudar
Talvez apenas atrapalhar
Um puto, um miúdo
Mais um...
Era esse o pensamento
Era esse o sentimento
Trabalhámos juntos por vezes
Discutimos muitas vezes
Porque não tinha paciência
Para a tua incompetência
Para a tua irresponsabilidade
Derivada talvez da tua idade
Porque me atrapalhavas
Porque me estorvavas
E o teu modo de trabalhar
Só me fazia irritar
Um dia de Dezembro
Um dia cuja data não lembro
Mergulhei no teu olhar
Fiquei suspensa no ar
Sem respirar
Um olhar profundo
Com a imensidão do mundo
Onde eu me afoguei
E não mais recuperei
E naquela sala de reunião
Ouvia o meu coração
A bater acelerado
A um ritmo descompassado
Todos os presentes
Se tinham evaporado
Estavam ausentes
Faziam parte do passado
Tu e eu
Nós dois
O que aconteceu?
O que viria depois?
De repente a realidade
Aquele tempo suspenso
Que pareceu uma eternidade
De um sentimento tão intenso
E tão verdadeiro
Tão incrível
Tão desordeiro
Tão perturbador
E impossível
Chamado amor
Ou talvez não
Talvez fosse apenas paixão...

Tuesday, March 13, 2007

AS MINHAS NOITES…


As minhas noites são piores que os vossos dias
Reza assim uma música que agora não me lembro de quem é, mas isso também não interessa nada....
A minha filha é um amor (e eu sou um pouco suspeita para falar sobre o assunto...), mas também é uma pestinha (e aqui provavelmente também sou muito suspeita, mas...).

O meu boneco não me deixou dormir até aos dois anos e aí parece que se fez um “click” e ele passou a dormir a noite toda (e eu comecei a pensar que um bebé até não era má ideia...). Mas isto também é um assunto que já teve os seus dias (deverei dizer noites?) contados, pois agora são as visitas à casa de banho em que a mamã tem de o acompanhar, uma, duas ou três vezes por noite. Porque ele não vai sozinho, fica à porta da casa de banho que é à porta do meu quarto a chamar “Mamã!” até que eu (e às vezes a mana!) acorde e vá com ele à casa de banho.
Depois, já que está acordado, aproveita para me pedir leitinho (e porque a mana bebe...) e ele que já não bebia leitinho durante a noite recomeçou a beber. Nada contra, excepto a parte de eu ter de acordar para ir aquecer o leite!
Mesmo assim, esta parte até fazia (não digo com uma perna às costas) mas meio em “piloto automático” porque é sempre a mesma coisa e depois chegava à cama e adormecia.

A mana, a mana é outra história, ou outra conversa, ou outra gritaria, o que preferirem se bem que a parte da gritaria é a que se adequa a 100%!
Não pensem que estou a brincar, ela grita mesmo, seja às oito da noite, às duas ou às sete da manhã. A rapariga tem uma voz potente e grita, grita! Ela acorda e se eu não acordar quando chama (ainda em voz “normal”) “mamã” então temos o caldo entornado ou a burra nas couves (há tanto tempo que não ouvia/escrevia isto!). É que a rapariga começa a gritar desesperada, parece que o mundo vai acabar. Mesmo assim tenho de dar um encontrão ao pai para ele ir preparar o leitinho porque se eu sair do quarto então, cai o Carmo e a Trindade! Aí, à gritaria junta-se o choro desesperado e é uma berraria pegada.
Geralmente o mano não acorda, mas às vezes acorda e reclama (com razão!) que a mana não o deixa dormir.

Enquanto o papá vai preparar o leitinho mudo-lhe a fralda (sim, porque com tanta gritaria já está tudo acordado mesmo e a fralda não aguenta tanto leitinho – umas 2 ou 3 vezes durante a noite), mas tenho de ir conversando com ela para a acalmar e tenho de ter o timing perfeito, ou seja quando eu acabo de mudar a fralda e pego nela ao colo o leitinho tem de chegar senão voltamos à gritaria : “TITINHO!” Isto geralmente duas vezes por noite (há noites piores!).
E, pronto pensam vocês, bebe leitiinho e cama com ela. Sim, pois, mais ou menos...
Ela bebe o leitinho ao meu colo meio a dormir (e eu também! Tanto que no outro dia até deixei o biberão escorregar e foi ela que o apanhou a olhar para mim, meio irritada – ela não gosta de segurar no biberão!).

Depois dela beber o leitinho ainda lhe faço umas festinhas nas costas para tentar que ela arrote e depois ponho-a na cama. E aqui começa a luta dela para não dormir. Primeiro choraminga, depois refila do calor soprando, volta a choramingar enquanto lhe digo que são horas de dormir e que estou ali com ela. Houve uma altura em que puxava a cama dela para junto da minha e lhe fazia festinhas nas costas, mas ela aguenta horas sem dormir e eu adormeço a fazer as festinhas nas costas e ela grita, pelo que esta solução deixou de funcionar...

Agora, durante cerca de uma hora vamos alternando entre a calma e a gritaria/berraria!
Ela na cama a gritar calor, eu vou e faço umas festinhas verifico se tem calor, dispo-a mais se achar que tem calor, volto a deitar-me, ela volta a resmungar e eu volto a sentar-me na cama e a falar com ela e isto sempre sucessivamente (Esta noite durou das 5 às 6 e meia da manhã!).
E, agora percebem porque ando afastada da net, cansada e com pouca vontade de fazer seja o que for? É que isto não é uma, duas ou três noites, é o normal e eu até só queria dormir 6 horas seguidas, nem é pedir muito, ou será que é?

Monday, March 12, 2007

RESCALDO

De um fim de semana em que quase não saímos de casa...
Bem, eu e a amorinha quase não saímos de casa, mas o papá e o mano saíram

Além das compras semanais de sábado de manhã (a correr que era o almoço de aniversário do papá) só saí com a amorinha ao fim da tarde para ir assistir ao treino de hóquei em patins do mano e foi a primeira vez que treinou com o stick (será que se escreve assim?). Foi engraçado, ele é o mais pequenino e o stick chega até ao queixo pelo que ele tem alguma dificuldade em segurá-lo.
A amorinha portou-se muito bem e em vez de correr à volta do ringue “apenas” subiu e desceu os 3 “degraus” de bancada onde nos sentamos.

Voltando atrás o almoço de aniversário do papá com a mana do papá e a avó até correu bem. O boneco é que recebeu uma prenda da tia: 3 peixinhos num aquário que se ele me tivesse pedido eu não deixaria comprar...
Não gosto, faz-me aflição, 3 peixinhos pequeninos num aquário (ou deverei dizer num copo grande?) que não tem grande espaço, um boneco que lhes quer é dar comida, uma amorinha que para ver os peixes quase que enfia a cara na água... Palpita-me que não vão resistir muito tempo. E o que é que eu lhes faço nas férias???

No domingo só o boneco e o papá saíram de casa para o boneco ir à festa de aniversário no MacDonald e à casa da avó buscar algo que ela queria vir trazer mesmo em cima da hora de almoço (depois digam que é implicação minha, mas...)

Este fim de semana fica marcado pela transformação da cama do boneco, que é do IKEA e que tem duas partes que podem esticar numa cama mais comprida (e pela falta de lençóis para a mesma, lá vou mandar fazer uns todos giros com carrinhos e super homem e outros). O boneco estava todo excitado porque já é grande e porque agora eu consigo deitar-me na cama dele.

Friday, March 09, 2007

TUDO BEM

Em relação ao post anterior…

Em Macau não há um único sítio como em Portugal, com insufláveis e coisas para as crianças brincarem que se possa alugar para fazer as festas de aniversário, daí o recurso aos hotéis e ao MacDonald e eu não gosto de nenhuma dessas opções.

A ideia de fazer em casa também já me passou pela cabeça, mas é um andar e teria de ser mesmo em casa, não há espaço circundante... Não sei se os miúdos não se aborrecem e se cabem lá todos porque não faço ideia de quem o meu boneco quer convidar...
O trabalho que dá em casa ou no jardim não me assusta.

A minha amiga Noite falou do espaço que se aluga por trás da piscina de Cheoc Van, mas fui lá e não gostei, achei até perigoso por ter uma piscina vazia de fácil acesso onde os miúdos podem cair e magoar-se. Esse espaço é mesmo um espaço tipo o telheiro de uma casa fechada e nem cadeiras tem, só uma mesinha onde estavam as comidas. Os miúdos gostaram porque pelo menos tem muito espaço para correrem, mas eu muito sinceramente não gostei nada.

Os jardins de Hac-Sá e de Seac Pai Van são onde tinha pensado fazer o piquenique. Não são muito grandes e acho que não haverá problema em controlar os miúdos (até porque espero que os pais também fiquem por lá...).

Entretanto descobri que no Jardim de Hac-Sá há um restaurante que faz grelhados que costuma ser alugado para fazer festinhas de anos, temos é de consumir a comida deles (que na minha opinião não é muito boa) mas também o que será mesmo importante é a festa e não a comida... e este restaurante está mesmo dentro do jardim e os miúdos podem ir brincar nos escorregas e afins.

Isso ou o piquenique neste mesmo jardim ou no jardim Seac Pai Van que tem uns bancos e umas mesas que podem não estar ocupadas e que eu usaria por umas horas pois será um lanche e também tem escorregas, baloiços e até espaço para andar de bicicleta.

E em finais de Maio costuma estar bom tempo, o calor é quase certo e ainda não é altura dos tufões darem um ar de sua graça, pode é estar a chover e aí não tinha piada nenhuma, mas pelo que me lembro Maio não é mês de muita chuva.
Vamos ver. O bolo do Ultraman de chocolate é presença quase obrigatória. Lá vai esta menina ter de o fazer.

De resto...
Está tudo bem, ando apenas um pouco cansada e sem vontade de estar na net.
E a planear o almoço de anos daquele que será o bebé cá da casa amanhã.

Tuesday, March 06, 2007

CONVITE


Não sei porquê, mas este ano o meu boneco anda excitadissimo a falar sobre a sua "party" (a festa de anos (geralmente caseira). Este ano anda a fazer planos para o bolo do "tchiu ian" (Ultraman - o super homem japonês) e sobre os meninos que vai convidar (só meninos, que eu não brinco com meninas e porque a C. é pateta que diz que cor de rosa é para meninas - ele adora)

Ontem recebeu um convite para uma festa de anniversário no MacDonald e está excitadissimo.

E hoje quando ia para a escola explicava-me que se põe as velas no bolo, depois "põe-se fogo", desliga-se as luzes, cantam-se os parabéns e apagam-se as velas.

E lá parece que este ano tenho de começar a pensar numa festinha de anos.

Agora a dor de cabeça será descobrir um espaço para a fazer que aqui o pessoal faz no MacDonald ou nos hotéis e eu não gosto de nenhuma das ideias.

Quem sabe uma espécie de piquenique num dos jardins...

Monday, March 05, 2007

ROTINAS

Com crianças é importante haver rotinas.
Pelo menos para mim, talvez para os outros não o seja, mas sei que tudo corre melhor se tudo, todos os dias seguir um determinado padrão.
O meu filho foi assim habituado. A minha filha também.

Nas férias e no fim de semana a rotina é quebrada, mas não muito para não desestabilizar.
No fim de semana, ao domingo à tarde a rotina regressa e não gosto que seja perturbada.

Gosto de receber pessoas em casa, gosto de sair, gosto que eles contactem com a família (que em Macau é só a do pai), mas não gosto quando isso acontece ao final do dia de domingo.

Para proporcionar um maior contacto entre os meus bonecos e a avó paterna, a mesma é convidada a almoçar lá em casa ao sábado. Pode ir mais cedo e estar com eles e brincar com eles, que as minhas manhãs de sábado são para ir às compras, ao mercado, supermercado, e afins e eles acabam por ficar com a empregada. Depois do almoço a amorinha (e às vezes o meu boneco, embora cada vez mais raramente) costuma dormir a sesta e acaba-se o “tempo de antena”. A amorinha vai dormir e nós levamos o boneco ao jardim ou a comprara algo que precisa (ou que não precisa, tipo um brinquedo).

Muitas vezes a avó aparecia de surpresa, coisa que eu não gosto, seja com a família do papá ou com a minha (mas a minha aparecer de surpresa era mesmo uma grande surpresa!). Muitas vezes também não estávamos em casa (e a surpreendida acabava por ser ela!), pelo que agora telefona antes. Pode ser simplesmente porque fez uma comida qualquer e quer ir lá levar à noite a meio da semana, comidas que na maioria o boneco e a amorinha nem gostam, quer seja porque comprou umas frutas ou porque alguém deu algo para eles e no domingo à noite lá está a telefonar.

Estas pequenas “visitas” desestabilizam, não muito que eu “ponho-os” na ordem, mas atrasam-me as coisas e faz com que a rotina seja alterada e já não corra tão bem.

Para quem pergunta, o “mais que tudo” (não gosto desta designação, só tenho dois mais que tudo: o meu boneco e a amorinha) lê o blog às vezes, mas eu sou tão, humm nem sei como o designar, mas talvez honesta porque o que digo no blog também lhe digo a ele. Sei que ela é mãe dele, mas a casa é minha, os filhos são meus (nossos) e lamento, mas há regras que são as que fazem com que tudo corra bem. Penso que não a trato mal e lhe permito muito contacto com os netos. Aliás, até lhe agradeço porque ela me ajuda e compra fruta e carne de vaca lá para casa “para os netos” e ainda me poupa algum tempo e, como conhece as vendedoras, não duvido que seja mais fresca.

E, apesar do tema delicado tinha de ficar aqui registado porque afinal também faz parte da minha vida e dos meus bonecos e porque ontem à noite se deu mais um pequeno “incidente” dela querer lá ir levar algo perto das seis da tarde e acabou por ser o papá a ir com o boneco buscar porque eu me irritei, porque estava a fazer o jantar e já estava a ver que ia ter mais um “convidado” e que teria de fazer outro jantar que aquele era porco e ela não come, que não ia conseguir deitar os bonecos a horas e que no dia seguinte ia ser uma complicação para os levantar... e porque ando cansada e cada pequena coisa contribui para encher o copo cada vez mais, não é?

Friday, March 02, 2007

86 ANOS!


O ano passado escrevi o texto que volto a deixar aqui, porque este ano não tenho inspiração.

Muitos parabéns e que conte muitos mais!




Há muitos anos nasceu uma menina, pobre e numa família com muitos filhos como era típico naquele tempo.

A menina cresceu, tornou-se numa mulher que nas fotos a preto e branco amarelecidas pelo tempo ou acastanhadas devido à qualidade do papel me parece bonita.

Tinha um olhar triste, teve sempre devido aos sacrificios que lhe eram exigidos.

Desde pequena que trabalhou, primeiro a tomar conta dos irmãos e a cuidar da casa, depois a servir como empregada em casa dos patrões ricos.

Nunca foi à escola, nunca aprendeu a ler e a escrever.

E tem pena, muita pena de não ter aprendido. “Ao menos a fazer o meu nome...”

Houve um jovem que se apaixonou perdidamente por ela, ao ponto de lhe dar um tiro quando ela recusou casar com ele. Bala que ainda está alojada no seu corpo e que surpreende os médicos.

Casou muito jovem, pensa que teria 18 anos porque ainda hoje não sabe a sua idade.

Teve um filho, um menino que nasceu muito, muito doente.

Sofreu muito, sempre com o filho no médico. Tinha uma doença de pele e ela conta-me que chorava juntamente com o menino a mudar-lhe as ligaduras que tinha em todo o corpo. Hoje consigo imaginar levemente o seu sofrimento. O menino não resistiu e partiu.

Teve outra filha mas nunca esqueceu o vazio dessa perda. Ainda fala do “meu menino”...

Mais tarde foi o marido que adoeceu e partiu para junto do menino.

Voltou a ficar sozinha, viúva, jovem e com uma filha pequena para criar.

Foi à luta, pela filha.

Encontrou novo amor, irmão do marido que tinha partido.

As famílias não aceitaram e eles fugiram com a menina.

Deixaram o Alentejo para trás e vieram para a margem sul, perto de Lisboa.

Ele trabalhava a cortar mato e ficava muito tempo longe de casa.

Ela tratava da menina e de mais dois filhos que nasceram desta nova união: uma menina e um menino.

O destino traçou que também ele adoecesse com “uma doença má”.

Passou os últimos anos da sua vida em operações, na cama de um hospital em Lisboa, na “grande cidade”...

Ela aguentou tudo, sozinha.

Os filhos tinham casado e tinham as suas vidas, não tinham tempo para as suas lamentações. Restava-lhe a companhia de uma neta, filha da segunda filha cujo primeiro casamento tinha falhado. Esta menina transformou-se na sua filha mais nova e na sua companhia quando também ele partiu...

Quis o destino que também a neta fosse para longe e ela voltou a ficar sozinha.

O tempo revelou que os filhos não sabem agradecer o que os pais fazem por eles...nem lhes sabem dar o devido valor e amor.

Triste, muito triste...

A sua alegria é saber que a neta está bem e tem dois filhos e que lhe deu a sua primeira e única bisneta.

A alegria voltou a brilhar nos seus olhos e ela vive a contar o tempo que falta para os rever, sempre com medo de não chegar lá, de não resistir...

Hoje completa 85 anos!

Como desejava que fossem muito felizes e com muita saúde...

Uma vida cheia... mas com poucas alegrias.

Muitos parabéns!

Thursday, March 01, 2007

2 ANOS!

A ideia de partilhar o crescimento dos filhos com a família em Portugal deu origem ao nascimento do blog. Foi há 2 anos que comecei a registar o meu (nosso) dia a dia.
Nunca pensei que ia estar por aqui tanto tempo, mas descobri este mundo e gostei.

Nunca pensei que alguém (para além da família) me lesse, nem nunca esperei comentários. Quando surgiram surpreenderam-me. Eu não comentava porque não sabia o que dizer, mas lia muitos blogs. Continuo a ler muito e a comentar pouco, agora por falta de tempo e até as leituras muitas vezes têm de ser na diagonal.

Quem estava mais habituado às minhas visitas quase diárias nota a minha ausência. Há quem me cobre pela ausência. Não estou zangada com ninguém nem me afastei de ninguém, digamos que este mundo da blogosfera não tem a mesma atracção sobre mim nem eu tenho a mesma disponibilidade de antigamente.

O trabalho e os filhos ocupam grande parte do meu tempo e, principalmente os filhos são a minha prioridade. Adoro-os e crescem tão rápido que sinto que todo o tempo que passo com eles é pouco! O meu boneco vai fazer 5 anos em Maio e parece que foi ontem que trouxe para casa um lindo bebé que chorava com cólicas. A amorinha vai fazer em Maio 2 anos, apesar de aos meus olhos ainda ser o meu bebé.

Para me distrair também me dedico à culinária de que gosto tanto e até criei o meu blog para partilhar com quem quiser, mas principalmente com a minha irmã as minhas experiências na cozinha, as que correm bem e as que correm mal.

Há amigas que “saltaram” do ecrã para a vida real, há outras que sei que ainda vão saltar.
Há algumas a que tenho imensa curiosidade em atribuir um rosto, há outras que não e não pensem que é por não gostar porque gosto de todos os blogs que visito senão não o faria, é uma questão de me identificar mais ou menos com determinadas pessoas, umas porque pensam (e agem) como eu, outras porque têm filhos da mesma idade e outras que nem sei explicar porquê.

Há amigos reais e família que me visitam e que não comentam porque acham que estão a “intrometer-se” num mundo próprio, o da blogosfera, mas que me comentam por email e que sabem sempre o que se passa comigo (olá, Dida, enviei-te um email que acho que não recebeste, olá amiga SR, de CV; olá, Sóf e todas as outras - as que mencionei são as que me seguem mais de perto).

Há sempre os amigos da blogosfera que deixam uma palavrinha, mesmo que não os visite há meses (o meu bloglines indicava ontem mais de 2,000 novas entradas, sem contar os blogs sem RSS, os privados e os do Portal Júnior!). Obrigada por estarem desse lado. E obrigada às meninas que privatizaram por me deixaram continuar a seguir-vos, algumas delas que eu até visitava há pouco tempo e algumas que nem comentava, pois ultimamente é raro comentar um blog novo porque sei que depois não tenho tempo para lá voltar muitas vezes e as pessoas criam a expectativa da retribuição. Desculpem se desiludi alguém, não foi com intenção nem por me considerar importante, é mesmo por falta de tempo.

E como isto está um testamento e eu tinha pensado escrever pouco fico por aqui, agradecendo mais uma vez a todos, sem excepção: a quem lê e comenta, a quem apenas lê e nunca comentou, a quem critica, a quem sugere, a quem gosta e a quem não gosta, a quem me diz que aprende comigo (e eu que nunca pensei ter muito para ensinar), a quem me considera uma mulher de coragem (acreditem que nem tanto), a todos!
E quem sabe não vou continuar por cá mais um ano?...