Thursday, September 21, 2006

O EMPREGO!

Na continuação de:
A PONTA DO VÉU I
A PONTA DO VÉU II
A PONTA DO VÉU III
VIAGEM
ATERRAR EM MACAU!
ENFIM MACAU!
A DESCOBERTA
E A “FAMÍLIA” (DELE)


Aos poucos
Tudo me fazia ficar triste
E tinha vontade de chorar
Ficar sozinha
E o namorado a trabalhar
Também não ajudava nada
A procura de emprego
Que não chegava
Enviar currículos
Esperar uma entrevista
No início a novidade
Depois a irritabilidade
Longe de tudo, de todos
Não conseguir falar com ninguém
A frustração de não saber chinês
O desespero de não arranjar emprego
A ideia de desistir
Deixar tudo e partir
A entrevista que chega no momento certo
A entrevista que corre bem
O entrevistador que remata
“Só é pena não ter experiência”
A irritabilidade à flor da pele
Tudo corria mal
Mais uma coisa que não dava certo
Não me contive
Discuto com ele
Que ninguém nasce ensinado
Que já o sabia quando me chamou para a entrevista
Que ele também teve um primeiro emprego
Que se não derem oportunidade às pessoas
Nunca terão experiência...
A discussão que me valeu o emprego
Fui trabalhar com o entrevistador
Depois “de ter experiência”
Fui para o serviço que tinha a vaga.
Um chefe muito simpático
Algumas colegas portuguesas
Algumas colegas chinesas
Todas muito simpáticas
Senti-me benvinda
Acolhida
E fiquei mais animada
Encontrei amigos
Portugueses e chineses
E as coisas começaram a melhorar
Já não passava o dia a desesperar
E a deambular pela cidade
Como no início
Um chefe que me dava liberdade
E não me pressionava
Me incentivava a aprender
E não me criticava apenas
A situação começou a compôr-se
E eu fui ficando...
A ideia inicial era ficar dois anos
Cheguei a 24 de Fevereiro de 1995
Continuo cá...

12 comments:

Susana Oliveira said...

Realmente foi bem dito.
Temos que começar por algum lado.
Se ninguem nos der a 1ª oportunidade nunca vamos ter experiencia :)

Beijokas

margarida said...

Aí está a prova que quem luta pelo que quer consegue chegar mais longe!

Em relação à panela de arroz do post anterior: vendem-se cá sim senhor eu comprei uma mas não a utilizo. Não queres partilhar connosco como fazes? Consigo fazer arroz soltinho no fogão mas acho que para cozinhar para muita gente a panela dá jeito (daria, se eu soubesse!)

bjinhos

Jane & Cia said...

UPS!
A carapuça serviu-me pois pensei logo que vinhas a Portugal :(

Espero é que tenham então umas óptimas férias, é que o Natal logo logo está aí ;+)

Acho que tiveste muita garra (mais uma demonstração) ao fazer ver o entrevistador o teu ponto de vista, ele ficou a reconhecer o teu valor.

Beijinhos

guga2004 said...

Boa! Se continuas aí é porque te sentes bem e feliz, por isso ainda bem que foste.

bjs Sandra

A Horta Encantada said...

e já lá vão 11 anos .... às vezes vale a pena ser atrevido ;)
beijocas

Piquinota said...

:) Realmente a experiência só a ganhamos se nos derem oportunidade de a ganhar!:)


:) E deves sentir-te feliz,para ainda aí estares....11 anos depois!:)


Jinhos

Carla O. said...

Mais uma vez gostei tanto... Obrigada por partilhares a tua história connosco :)
Acho que foste mesmo uma mulher de muita coragem e ainda bem que tudo acabou por correr bem.
Identifico-me um pouco contigo, como já deves calcular, embora para mim tenha sido mais fácil uma vez que o país era o mesmo, e tal como tu, era para ter sido apenas por 3 anos (e já lá vão 14!).
Um beijo grande :)

Miduxe said...

Ainda bem que encontraste o que procuravas, ajuda muito à adaptação!
bjs

Quita said...

Realmente às vezes é necessário "saltar-nos a tampa". Sempre tive curiosidade em saber porque tinhas ido para Macau e porque continuavas aí. Obrigada por este post e por te ficarmos a conhecer um pouco melhor!

Não desistir said...

Por vezes é disso que os entrevistadores precisam! Garra!!!
Parabens por teres aguentado, isso só prova que o amor vence tudo.
Beijinhos

Anonymous said...

Essa materia do emprego é um jogo de paciencia... um beijinho muito grande.

Nina said...

11 anos? Não imaginava que fosse tanto tempo!
Que resistente tu foste e és, já que continuas a sentir que a tua sogra queria outro destino para o filho!
Só um grande amor conseguiria resistir a tanto, tantas diferenças, tanta distância:)
Já te disse que gosto muito de ti?
Beijinhos, querida aos 3